Nas últimas
semanas foram publicadas diversas mensagens que merecem uma reflexão. São elas: a
mensagem do Papa para o próximo Dia Mundial do Doente, 11 de Fevereiro, e a mensagem
para a próxima Quaresma, às quais de bom grado juntamos a do Presidente do Conselho
Pontifício para a Pastoral da Saúde para o Dia de luta contra a lepra, no passado
25 de Janeiro. Neste Ano da fé é preciso viver mais intensamente a relação entre fé
e caridade. Não existe uma sem a outra, senão corre-se o risco de um espiritualismo
desencarnado ou uma filantropia que se reduz a um activismo moralista.
A beleza,
o encanto espiritual, a credibilidade da Igreja que chega ao coração é um reflexo
do esplendor da caridade, do calor do amor. Um amor que se aprende de Deus na fé olhando
para a cruz de Jesus e participando na Eucaristia. Bernadette, Teresa de Lisieux,
Raoul Follerau, padre Damião, São Vicente de Paoli, Madre Teresa são apenas alguns
dos mais famosos, mas quantos, quantos mais acreditaram no amor de Deus e, por isso,
amaram sem medida, da abundância do coração , a partir dos mais pequenos e dos enfermos
no corpo e no espírito; com a liberdade soberana da lei do amor, dos primeiros dois
mandamentos que se resumem num só: "Ama e faz o que quiseres " dizia Santo Agostinho
a quem se deixa guiar pelo Espírito de Jesus. E São Vicente de Paoli acrescentava:
"A caridade é superior a todas as regras e tudo deve referir-se a ela. É uma grande
senhora: deve-se fazer o que ela ordena!".
Na Igreja da caridade os pequenos
encontram o amor de Deus que vem concretamente para eles, os doentes percebem que
o seu sofrimento é caminho para um amor sempre maior, que eles podem dar ao mundo
juntamente com Cristo. Fé e caridade. Escutemos estas mensagens. O mundo se torna
realmente novo.