Pequim (RV) - Um monge budista do Tibete foi condenado à morte por um tribunal
chinês pelo seu papel na “instigação” da auto-imolação de oito pessoas. O tribunal
considerou que Lorang Konchok conspirou com o Governo tibetano, no exílio, e com agências
e informação para divulgar os casos de auto-imolação de alguns monges do mesmo mosteiro
onde reside. A sentença de morte foi, contudo, suspensa por dois anos e pode ser comutada
em prisão perpétua, anunciou o tribunal.
No mesmo julgamento, um sobrinho
de Konchok foi condenado pelo mesmo crime a uma pena de 10 anos de prisão. O tribunal
considerou que Lorang Tsering, de 30 anos, tinha agido sob ordens de seu tio. O Governo
chinês tem feito os possíveis para evitar que se divulguem os casos de auto-imolação
que têm assolado a região tibetana ao longo dos últimos dois anos. O número de pessoas
que se tem auto-imolado em protesto contra a ocupação chinesa e o exílio do Dalai
Lama já chegou aos 99. A vasta maioria das vítimas morre no local ou acaba por morrer
dos ferimentos. (SP)