2013-01-31 14:36:20

Telegrama de pesar de Bento XVI pelas vítimas de motim em prisão venezuelana


Cidade do Vaticano (RV) - Após os violentos enfrentamento verificados em 25 de janeiro passado na prisão venezuelana de Uribana, que custaram a vida de 58 pessoas, a maioria detentos, o Santo Padre convida as autoridades do país a trabalhar para que estes fatos dramáticos não se repitam nunca mais.

Em mensagem de pesar enviada ao Arcebispo de Barquisimeto, Dom Antonio José López Castillo, Bento XVI exorta as instituições para “continuar trabalhando num espírito de colaboração e boa vontade para superar os problemas e evitar a repetição, no futuro, de tais eventos dramáticos”.

O apelo está no telegrama assinado pelo Secretário de Estado Cardeal Tarcisio Bertone, onde o Papa exprime profunda dor pelos “trágicos” incidentes”, assegurando a sua oração pelos falecidos e “a sua proximidade espiritual e solidariedade’” às famílias das vítimas e aos cerca de 90 feridos.

Ontem, quarta-feira, o governo da Venezuela prorrogou por mais três meses o estado de emergência carcerária para a construção de novas penitenciárias. Segundo o Observatório Venezuelano de Prisões, existem no país mais de 45 mil detentos em estruturas que poderiam abrigar no máximo 15 mil. O Executivo abriu uma investigação sobre o ocorrido.

As primeiras informações indicam que os incidentes iniciaram com uma perseguição realizada pela Guarda nacional. Alguns detentos, de posse de armas, teriam aproveitado a ocasião para agredir os agentes, o que desencadeou o conflito. A penitenciária que deveria acolher no máximo 850 pessoas tinha 2.500 detentos no dia dos confrontos.

Para a Comissão de Direitos Humanos da ONU, a responsabilidade dos confrontos deve ser atribuída às autoridades venezuelanas. A Igreja da Venezuela, por sua vez, fala de uma “política penitenciária do governo ineficaz, diante da superlotação, da falta de uma alimentação adequada, da violência incontrolada, do atraso processual e das humilhações sofridas pelas famílias dos detentos”. A Igreja defende uma “investigação independente e imparcial, que permita processar e punir os responsáveis”. (JE)








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