2013-01-27 20:12:11

A Igreja e o Mal-de-Hansen


Cidade do Vaticano (RV) – A Igreja missionária tem uma longa tradição na assistência aos doentes de hanseníase - frequentemente abandonados também por seus familiares – e sempre forneceu a eles, além de cuidados médicos e assistência espiritual, também possibilidades concretas de recuperação e reinserção social. Em muitos países ainda é muito forte a discriminação para com os portadores desta doença, por ser considerada incurável ou pelas deformações que provoca.

Segundo dados do Anuário Estatístico, a Igreja administra no mundo 547 leprosários, assim distribuídos: África 198, América 56, Ásia 285, Europa 5 e Oceania 3. As nações que abrigam maior número de leprosários são República Democrática do Congo, 32; Madagascar, 29; África do Sul, 23; Estados Unidos, 1; México 8; Antilhas e República Dominicana, 3; Brasil, 17; Peru, 6; Equador e Colômbia, 4; Índia, 220; Coréia, 15; Papua Nova Guiné, 3.

Na sua mensagem por ocasião do 60° Dia Mundial de luta a hanseníase, celebrada neste domingo, o Presidente do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Agentes Sanitários, Dom Zygmunt Zimowski, recordou que “segundo os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde, cerca de 290 mil pessoas, entre homens, mulheres e crianças contraíram hanseníase em 2011 e muitos dos novos casos foram diagnosticados quando a doença estava em estado adiantado”. “Isto demonstra um insuficiente acesso às estruturas de diagnose, carência na formação à prevenção, a necessidade de ações higiênico-sanitárias objetivas”, denuncia.

A hanseníase não é mortal se tratada adequadamente, porém, se trata de uma patologia que provoca verdadeiros flagelos em alguma partes do mundo e que não recebe a devida atenção por parte da comunidade internacional.

Diante desta emergência sanitária, o Arcebispo Zimowski, também à luz do Ano da Fé, convida a todos a trabalhar para que este ‘Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase’ constitua uma “nova oportunidade propícia para intensificar a diaconia da caridade nas nossas comunidades eclesiais, para cada um ser um bom samaritano para com o outro”. (JE)








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