2013-01-27 18:00:18

A Hanseníase tem cura. Ouça a entrevista!


Roma (RV) – Neste 27 de janeiro, foi celebrado o 60º Dia Mundial dos Doentes de Hanseníase. Esta data recorda a aprovação pela ONU, em novembro de 2010, dos “Princípios e linhas guias para a eliminação da discriminação contra os doentes de hanseníase e seus familiares”, um documento que compromete instituições e comunidade civil a promover os direitos fundamentais dos doentes de hanseníase.

Como faz todos os anos nesta data, a Associação Italiana Amigos de Raoul Follerau (AIFO), que também tem representantes no Brasil, esteve presente nas Praças italianas e em 30 paróquias, oferecendo o “Mel da solidariedade”.

A cada dia no mundo, cerca de 700 pessoas adoecem do Mal-de-Hansen. Segundo a Organização Mundial da saúde, em 2011 foram notificados 219 mil novos casos em 105 países. As situações mais graves são encontradas na Índia e no Brasil.

A hanseníase, mal-de-Hansen ou Lepra, é uma doença infecciosa causada pelo (também conhecida como bacilo-de-hansen). Afeta principalmente o sistema nervoso e a pele, deixando profundas sequelas se não tratada.

O termo Hanseníase foi introduzido no Brasil pelo Professor Titular da Universidade Federal de São Paulo. É chamada de ‘a doença mais antiga do mundo’, afetando a humanidade há pelo menos 4000 anos. Os primeiros registros da doença, que remontam a 1.350 a.C., foram encontrados no Egito. É uma doença endêmica (específica de uma região) em certos países tropicais, em particular na Ásia.

A hanseníase é uma doença contagiosa, que passa de uma pessoa doente, que não esteja em tratamento, para outra. Demora de 2 a 5 anos, em geral, para aparecerem os primeiros sintomas. O portador de hanseníase apresenta sinais e sintomas, o que facilita o diagnóstico. Pode atingir crianças, adultos e idosos de todas as classes sociais, desde que tenham um contato intenso e prolongado com a bactéria. Pode causar incapacidade ou deformidades, quando não tratada ou tratada tardiamente. Mas tem cura. No Brasil, o tratamento geralmente é fornecido pelo Sistema Único de Saúde.
A Rádio Vaticano conversou com o Dr. Giovani Gazzoli, médico patologista tropical, com especialização em hanseniologia e membro da AIFO. Trabalhou no Brasil, em Salvador e Goiânia, em colaboração com a Secretaria Estadual da Saúde. Ouça a entrevista: 00:20:43:75 (JE)








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