Estudantes pedem que Forró seja declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade
Olinda (PE) – Realiza-se em Olinda a 8ª Bienal de Arte e Cultura da União Nacional
dos Estudantes (UNE). A mostra, que homenageia o sanfoneiro Luiz Gonzaga, reúne músicos
e especialistas que discutem a importância do forró. À exemplo do que ocorreu com
o frevo no mês passado, os participantes pedem que o forró seja reconhecido como Patrimônio
Cultural Imaterial da Humanidade. O título é concedido pela Organização das Nações
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Os estudantes pretendem entregar
uma carta com o pedido à Ministra da Cultura, Marta Suplicy.
O forró é o principal
ritmo nativo do sertão nordestino. Popular em todo o Brasil, sua disseminação ocorreu
por meio da imigração dos nordestinos para outras regiões do país. Como Patrimônio
Imaterial da Humanidade, o forró será protegido para que permaneça vivo para as gerações
futuras.
Além de grupos musicais, o forró, sob o nome de Luiz Gonzaga, foi
importante para que o sertão brasileiro fosse conhecido, segundo explica o colecionador
e especialista em Gonzagão, Paulo Vandeley Tomaz: “Ele foi um grande divulgador do
sertão. Criou a música ‘Olha a Pisada’ que divulgou o cangaço, que remete ao bando
de Lampião”.
A 8ª Bienal de Arte e Cultura da UNE, que se realiza de 22 a 26
de janeiro, é considerada o maior evento estudantil da América Latina e reúne em
Olinda cerca de 10 mil estudantes de todos os estados brasileiros. A Bienal une política
estudantil e cultura em mostras de teatro, música e cinema, seminários de esportes,
além de apresentações de trabalhos acadêmicos e de extensão. O tema desta edição é
‘A Volta da Asa Branca’, uma homenagem ao Sanfoneiro Luiz Gonzaga, cujo centenário
foi comemorado em 2012.
Além de pedir o reconhecimento do forró como Patrimômio
Cultural Imaterial da Humanidade, a UNE pede também 2% do Produto Interno Bruto (PIB)
para cultura.