Papa: "Usar redes sociais sem agressividade". A presença das novas tecnologias na
JMJRio2013
Cidade do Vaticano (RV) – Na coletiva de imprensa de apresentação da Mensagem
de Bento XVI para o 47º Dia Mundial das Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli,
Presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, reiterou a necessidade
de Bento XVI estar presente nas redes sociais, especialmente no Twitter.
Dom
Claudio Maria Celli convidou os mais de 2,5 milhões de ‘amigos’ do Papa no Twitter
a ‘retuitarem’ as mensagens do Pontífice, para que cheguem ao maior número possível
de pessoas. O arcebispo revelou ainda outra curiosidade: a conta em latim, aberta
há cerca de uma semana, já tem mais de 10 mil seguidores.
Respondendo à pergunta
da RV sobre um incremento das atividades em perspectiva da JMJ Rio2013, o arcebispo
respondeu:
“Conheço muito bem Dom Orani, é um dos bispos mais atentos à
dimensão comunicativa na Igreja. Vivi dias inteiros com ele e era surpreendente. Conheço
os projetos existentes para a JMJ e considero que ela será um evento midiático no
sentido que através das novas tecnologias, através de um ‘smartphone’, do próprio
celular, as cerimônias do Papa poderão ser seguidas imediatamente por milhões de pessoas,
será um momento realmente comunitário. Quem não poderá estar presente no Rio naqueles
dias, poderá estar presente de outras maneiras, porque no momento da celebração, estará
ao lado do Papa”.
Excluindo a presença do Pontífice no Facebook, Dom Claudio
Maria Celli disse:
“Em relação ao Facebook, pensamos que não era necessário.
Facebook tem uma dimensão própria, como estrutura, como realidade, e não vejo a necessidade
que o Santo Padre esteja presente no Facebook com uma as conta, um perfil. É pessoal
demais. Ao contrário, Twitter e Youtube têm uma dimensão muito mais ‘institucional’.
Por isso, hoje, preferimos não entrar neste campo com um perfil pessoal do Papa”.
Segundo Mons. Paul Tighe, Secretário do Pontifício Conselho para as Comunicações,
“não seria possível garantir um nível de autenticidade com um site pessoal do Papa.
Seria exigente demais” – completou.
Antes de responder às perguntas dos jornalistas,
Dom Celli ilustrou os resultados de uma pesquisa de 2012 realizada pela Georgetown
University de Washington e divulgou dados relativos a 21 países dos 5 continentes.
De acordo com o arcebispo italiano, as redes sociais “são um ambiente existencial
estruturado como rede, onde ‘escutar com uma atitude não-agressiva’, mas no modo indicado
por Bento XVI, através de um caminho mais rico, verdadeiro e humano”. (CM)