Brasília (RV) - Entidades públicas e organizações da sociedade civil realizam
nas últimas semanas de janeiro atos e debates para marcar o Dia Nacional de Combate
ao Trabalho Escravo (28 de janeiro). Atividades estão programadas em vários estados
do país para chamar atenção sobre o problema e mobilizar por avanços na erradicação
do trabalho escravo contemporâneo.
O dia 28 de janeiro foi oficializado como
Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo como uma forma de homenagear os auditores
fiscais do trabalho Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e
Nelson José da Silva, e o motorista Ailton Pereira de Oliveira, assassinados nesta
data em 2004, durante fiscalização na zona rural de Unaí (MG). O episódio ficou conhecido
como “Chacina de Unaí”.
Em São Paulo, no dia 31 de janeiro, Maria do Rosário,
ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, e Eloisa
Arruda, que está à frente da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania de São
Paulo, se reunirão para discutir como unir forças para combater o trabalho escravo.
Em outubro de 2009, foi sancionada a Lei 12.064, que criou o Dia Nacional
e a Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. Em homenagem aos servidores mortos
em Unaí, a data escolhida foi 28 de janeiro. As manifestações reivindicam pelo assassinato
dos três fiscais do trabalho e do motorista em Unaí.
As ações da semana ocorrem
simultaneamente em 11 estados: Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Tocantins, Piauí,
Amapá, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Maranhão e Rio Grande do Sul. Há seminários,
mostras de filmes, distribuição de cartilhas sobre trabalho escravo, fóruns e oficinas.
(CM)