Ano da Fé: não aceitar que o sal se torne insípido
Cidade do Vaticano
(RV) – Cem dias já se passaram desde a abertura do Ano da Fé, em outubro de 2012.
Do Brasil à África do Sul, do Chile à China, da Inglaterra à Austrália, as Conferências
Episcopais estão se mobilizando com iniciativas e eventos para despertar e revigorar
a fé dos cristãos.
É exatamente esta a finalidade deste Ano: não podemos aceitar
que o sal se torne insípido e a luz fique escondida.
Também o homem contemporâneo,
afirma Bento XVI, pode sentir de novo a necessidade de ir como a samaritana ao poço,
para ouvir Jesus que convida a crer Nele e a beber na sua fonte, de onde jorra água
viva. Em nossos dias, ainda ressoa com a mesma força este ensinamento de Jesus: Trabalhai
não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura e dá a vida eterna.
Trabalhar
pelo alimento eterno, hoje, não é tarefa fácil para quem crê. Quem vive e anuncia
a fé da Igreja encontra-se em desacordo, em muitos aspectos, com as opiniões dominantes.
Mais de uma vez, o Papa denunciou o agnosticismo, hoje largamente imperante.
Por isso é, preciso coragem; a coragem de permanecer firme na verdade é inevitavelmente
exigida aos cristãos, que o devem fazer através do testemunho. De fato, somos chamados
a fazer brilhar com a nossa própria vida a palavra que o Senhor nos deixou. A fé torna-nos
fecundos, porque alarga o coração com a esperança e permite oferecer um testemunho
que é capaz de gerar – gerar vida e vida em abundância.
Santo Agostinho dizia
que os fiéis fortificam-se acreditando, que é também o convite que nos faz o Primaz
do Brasil, Dom Murilo Krieger, Arcebispo de Salvador.