Bento XVI auspicia à Ação Católica renovado impulso para o testemunho evangélico
Cidade do Vaticano (RV) - Teve início na tarde desta segunda-feira, na Domus
Mariae em Roma, o Congresso nacional italiano dos assistentes da Ação Católica,
centralizado no tema "Assistentes adultos para adultos na fé". Programado para encerrar-se
na próxima quinta-feira, dia 24, o encontro propõe-se a refletir sobre a figura do
assistente e sobre a sua identidade.
Para este evento, Bento XVI enviou uma
mensagem aos participantes, assinada pelo Cardeal Secretário de Estado Tarcisio Bertone.
O Papa manifesta apreço pela iniciativa "voltada a aprofundar, no Ano da Fé, aspectos
significativos da missão da Igreja no mundo".
O Santo Padre faz votos de que
esse Congresso suscite nos participantes "renovado impulso apostólico para o generoso
testemunho evangélico" e "a sábia condução pastoral na associação e na comunidade
inteira".
"A presença de um sacerdote que acompanhe, conduza e auxilie o caminho
da Ação Católica em suas várias articulações – ressalta um comunicado da Associação
– faz parte da história e da vida da Ação Católica, desde sempre convencida de que
somente se houver assistentes "adultos" se será capaz de acompanhar realidades associativas
que têm como tarefa a formação de leigos."
"De leigos caracterizados por uma
fé adulta e pensada, capazes de ser fermento de comunidades cristãs num tempo de fragmentação,
atentos a aprender novamente a fazer discernimento, a encontrar espaços para defrontar-se
e assumir decisões em comum que sejam orientadas pelo Evangelho."
O Congresso
dos assistentes da Ação Católica – prossegue o comunicado – pretende refletir a partir
do reconhecimento de que a ideia de adulto entendido como pessoa "já realizada", dotada
de estabilidade, não é mais sustentável.
Mesmo no âmbito da fé, aliás, sobretudo
nele – observa-se –, a pessoa adulta, o assistente da Ação Católica é chamado "a colocar-se
em atitude de busca, de acolhimento, a fazer percursos, a redefinir o próprio ser
discípulo de Jesus diante das mudanças das situações, dos contextos, inclusive em
relação aos diferentes realces dos conteúdos da fé feitos pela Igreja em seu caminho.
Uma
fé estática com a presunção de tê-la adquirida uma vez por todas, conservada como
um objeto imutável, dificilmente é vital, conclui o comunicado. (RL)