2013-01-20 13:41:40

Santa Sé elogia iniciativa de Obama para conter uso de armas


Cidade do Vaticano (RV) – A Santa Sé recebeu positivamente a iniciativa do presidente estadunidense, Barack Obama, para travar a violência decorrente do uso de armas nos Estados Unidos, mas há ainda um longo caminho a se fazer.

Já em sua primeira Mensagem para o Dia Mundial para a Paz (2006), Bento XVI denunciou firmemente “o aumento preocupante das despesas militares” e o comércio de armas “cada vez mais próspero”. Hoje, o Diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Padre Federico Lombardi, em seu editorial semanal ‘Octava Dies’, reafirma que “as iniciativas anunciadas pelo governo estadunidense para restringir e controlar a proliferação e o uso de armas são certamente um passo na direção certa”.

O sacerdote estima que existem cerca de 300 milhões de armas em circulação no país e que ninguém deve se iludir pensando que bastaria limitar o número e o uso delas para impedir assassínios terríveis como os de Newtown no futuro.

Recentemente, 47 líderes religiosos de várias confissões e crenças dirigiram um apelo aos deputados pedindo uma restrição do uso de armas, “que estão cobrando da sociedade um preço inaceitável em termos de tragédia e mortes insensatas. Eu estou com eles” – escreve Pe. Lombardi.

Por um lado, as armas podem ser vistas como um instrumento de legítima defesa, mas por outro, são certamente o principal instrumento de ameaças, violência e morte. Neste sentido, devemos repetir incansavelmente nossos apelos pelo desarme; contrastar a produção, o comércio e o contrabando de qualquer tipo de arma, que alimenta indignos interesses econômicos e de poder. As armas são sempre demais no mundo. Como disse há alguns meses Bento XVI, em vôo para o Líbano, estamos todos chocados com o que está acontecendo na Síria, mas as armas continuam chegando lá. A paz nasce do coração, mas será mais fácil obtê-la sem armas na mão” – conclui o jesuíta.

O Presidente Obama está tentando obter o apoio para estabelecer a proibição da posse de armas de estilo militar e exigir o controle de antecedentes para todas as vendas de armas de fogo, mas enfrenta enérgica oposição no Congresso e de poderosos grupos lobistas.
(CM)








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