2013-01-17 16:34:03

"Dez faces do trabalho da luta pelos Direitos Humanos no Brasil" traz depoimentos de ativistas em diversas áreas sociais


Brasília (RV) - "Dez Faces do Trabalho da luta pelos Direitos Humanos no Brasil" é uma publicação lançada no final de 2012 no Brasil, com o apoio da Organização das Nações Unidas.

Os dez protagonistas que relatam suas histórias na edição deste ano, estão espalhados por diferentes estados brasileiros. O que eles têm em comum é o engajamento em questões que os transformam em alvos - a defesa dos menores infratores, a luta pela terra e até o combate ao crime organizado. Por isto, são pessoas incluídas do Programa de Proteção a Testemunha.

O religioso italiano Saverio Paolillo, mais conhecido como Pe. Xavier, é coordenador da Pastoral do Menor, em Serra, no Espírito Santo. Desde 1985 defende os direitos das crianças e adolescentes. No seu depoimento, ele lamenta que o seu trabalho seja mal visto: "o trabalho do militante dos direitos humanos é incompreendido. Ele sofre uma pressão psicológica muito forte. O olhar sobre ele é muito negativo. Fala-se mal publicamente dele o tempo todo. É acusado de ‘defender bandido’ ", explicou.

Já o líder indígena Guarani-kaiowá, Eliseu Lopes, é coordenador da Mobilização e Articulação dos Povos Indígenas do Brasil e desde 2007 luta pela recuperação da terra que pertencia a seus antepassados. Ele relata na publicação as dificuldades vividas por seu povo e lamenta a morte de 4 crianças, por desnutrição, em 2010.

Com um perfil diferente dos demais, o juiz Gledson de Lima Pinheiro, da 3ª Vara Criminal de Caruaru (PE), magistrado desde 24 anos, passou a integrar a lista por sua atuação em uma investigação contra um grupo composto também por policiais e que traficava e matava. "Foi um trabalho de um ano, sob constantes ameaças", disse o juiz.

Na edição 2012 também estão os relatos da religiosa Leonora Brunetto, da Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria, e atuante na Pastoral da Terra no Norte do Mato Grosso; de uma sindicalista que luta pela terra no Pará; de um líder Quilombola de Minas Gerais; de um ativista comunitário no Ceará; de um militante sem-teto em Manaus; de um pescador no Rio de Janeiro, além do Cacique Balau, da região de Ilhéus, Bahia.

O trabalho foi editado com o apoio da Embaixada do Reino dos Países Baixos, da delegação da União Europeia no Brasil e da Secretaria dos Direitos Humanos do governo Brasileiro.(JE)

Fonte: Ag. Estado








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