2013-01-12 13:27:59

Haiti: ONU deve prosseguir com missão que realizava antes do terremoto


Cidade do Vaticano (RV) – O Haiti recorda neste sábado o terremoto que em 2010 devastou Porto Príncipe e outras cidades, deixando mais de 300 mil mortos e milhares de feridos, totalizando mais de 1,5 milhões de pessoas atingidas.

O Secretário-Geral adjunto para Operações de Paz das Nações Unidas, Hervé Ladsous, afirmou nesta sexta-feira, que três anos depois, o país voltou à situação que vivia antes do terremoto. Por isto, a missão dos capacetes-azuis deve prosseguir com os objetivos que tinha no início”.

Em coletiva de imprensa realizada em Porto Príncipe, o Secretário Adjunto explicou que “entre 2010 e 2012 a prioridade foi responder à situação de emergência. Agora que a situação mudou, retomamos o contexto anterior a 2010, quando realizávamos muitos progressos”. O alto funcionário da ONU recordou que uma das tarefas da Missão das Nações Unidas para a estabilização do Haiti (Minustah) estava ligada à área da segurança.

“Mesmo não sendo perfeita a situação, a área da segurança melhorou” - destacou ele -, explicando que "o objetivo agora é colocar as autoridades do Haiti em condições de assegurar a manutenção da segurança. E também, de consolidar o estado de direito”. A intenção é elevar o número de agentes de polícia de 10 mil para 16 mil, o que implica o desafio de formar mil policiais ao ano.

“Também existem problemas políticos e de funcionamento das instituições” – acrescentou Ladsous -, advertindo que as reformas jurídicas não avançam como desejaria a ONU. Já o Presidente do Haiti, Michel Martelly, destacou nesta sexta-feira os avanços obtidos no âmbito eleitoral, salientando o estabelecimento do Conselho Eleitoral Permanente (CEP), que deverá organizar os comitês eleitorais para as próximas eleições.

O alto funcionário da ONU destacou ainda a necessidade de se realizar uma série de reformas legislativas no âmbito penal e social, assim como a legislação sobre a lavagem de dinheiro. Ele afirmou ter pedido agilidade ao Presidente do país. “Sem o estado de direito – advertiu -, não tem como investidores estrangeiros virem ao Haiti”.

As Nações Unidas não podem investir no país, porém podem criar condições para que investidores cheguem em muito maior número para impulsionar um rápido desenvolvimento.

Por fim, o funcionário da ONU se referiu à epidemia de cólera que atingiu o país, provocada possivelmente pelo contingente de nepaleses da ONU. “A epidemia aconteceu e temos que enfrentá-la”, detalhando que as Nações Unidas dedicaram 120 milhões de dólares para ações médicas de urgência e obras de saneamento. (JE)








All the contents on this site are copyrighted ©.