2013-01-11 13:39:31

Padre jesuíta defende a liberdade religiosa


Lisboa (RV) - A liberdade religiosa é um direito dos cidadãos que não devem ser impedidos da manifestar publicamente a sua fé, defende o Padre jesuíta Hermínio Rico.

A convicção - informa o repórter Domingos Pinto da Rádio Renascença - foi expressa, na última quarta-feira, na Universidade Católica, em Lisboa, no ciclo de debates sobre as contribuições do Concílio Vaticano II, passados 50 anos da realização do encontro no Vaticano.

“O direito à liberdade religiosa é um direito de cada pessoa. Qualquer fé que tenha ou não tenha fé nenhuma, tem direito a não ser incomodado nessa prática, não ser forçado a praticar religião nenhuma nem impedido de manifestar publicamente a sua fé. O Estado não tem autoridade para interferir nestas matérias”, defende o Padre Hermínio Rico.

Um avanço significativo impulsionado pela declaração sobre a “Dignidade Humana”, proposta e aprovada pelo Concílio, um passo em frente na forma como a liberdade religiosa era entendida no tempo conciliar, sublinha o sacerdote.

Hermínio Rico defendeu ainda que o direito à liberdade religiosa funda-se na dignidade da pessoa humana e deve ser preservado a partir do equilíbrio entre a verdade e liberdade, um esforço que tem de ser feito com mais diálogo da Igreja com o mundo.

Para o conferencista, a liberdade religiosa continua a estar ameaçada em muitas partes do mundo e de muitas formas.

“Quando, por exemplo, não se reconhece autoridade aos bispos para se pronunciarem sobre coisas que tenham a ver com o bem-comum, político, social, económico de uma sociedade, é de alguma maneira uma dificuldade de entendimento do que significa a liberdade religiosa”, argumenta.

A exigência da liberdade religiosa, o tema em foco esta noite no ciclo de debates para assinalar os 50 anos do Concilio Vaticano II. (SP-RR)








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