Seul (RV) – O Governo da Coréia do Sul quer que monges budistas, sacerdotes
católicos, pastores protestantes e outros líderes religiosos passem a pagar impostos
sobre seus rendimentos, informou hoje a agência local Yonhap.
O Ministério
da Economia informou que anunciará ainda este mês a revisão na lei fiscal, porém a
entrada em vigor das novas regras poderá ser postergada, já que é necessário mais
tempo para dialogar com as diferentes religiões. O Ministério considera positiva a
acolhida dos líderes religiosos quanto a revisão da lei fiscal.
A possibilidade
de se taxar os rendimentos de religiosos sempre foi um tabu na sociedade sulcorena.
No entanto, passou a ganhar destaque em debates públicos desde que o Ministro da Economia,
Bahk Jae-wan, assegurou em agosto passado que todos os cidadãos, sem exceção, deveriam
pagar impostos.
Na Coréia do Sul os religiosos são isentos de impostos, pois
se considera que realizam um serviço espiritual. No entanto, os sacerdotes católicos
pagam impostos voluntariamente, assim como alguns pastores da Igreja Protestante.
No Budismo, uma religião considerada mais austera, os monges geralmente não contribuem
com impostos.
O budismo e o cristianismo dividem a preferência religiosa dos
coreanos. No entanto, 40% dos cidadãos da Coréia do Sul, país com mais de 50 milhões
de habitante, não professa nenhuma religião. (JE)