2013-01-08 18:57:39

Dom Lahham: na Jordânia, cristão e muçulmanos trabalham juntos pelos refugiados sírios


Amã (RV) - Está em curso na Jordânia a peregrinação anual dos bispos europeus e norte-americanos, que levam a solidariedade de suas igrejas aos cristãos da Terra Santa. O grupo esteve na Jordânia, um dos países mais comprometido na acolhida de refugiados sírios, compromisso este que envolve diretamente os cerca de 200 mil cristãos jordanianos, metade dos quais católicos. A Rádio Vaticano conversou com o Bispo de Amã, Dom Maroun Elias Lahham sobre este trabalho:

“Nosso trabalho é muito considerado em termos de assistência social, formação humana e profissional. É reconhecido que as nossas escolas paroquiais existiam muitos anos antes das escolas públicas na Jordânia: por isto temos uma boa história onde nos apoiar.”

Dom Lahham, a Jordânia tem uma longa história na acolhida de refugiados. Em que modo esta onda de refugiados sírios afeta as estruturas da Igreja Católica no lugar?

“Sim, nós temos uma longa história com refugiados, iniciando pelos refugiados da palestina, que estão aqui há mais de 60 anos. Depois, nos anos setenta, vieram os refugiados libaneses e, há 12 anos, começaram a chegar os refugiados iraquianos. Agora temos os refugiados sírios. Gostaria de recordar que a Jordânia não pode fechar as suas fronteiras, porque estes são nossos irmãos árabes aos quais temos a obrigação de acolher. Estamos dando o melhor de nós, mas é necessário recordar que a Jordânia é um país pobre, que não tem uma estrutura para receber todos estes refugiados, sobretudo porque, como é conhecido, o nosso é o quarto país mais pobre do mundo, se levando em consideração o fator “água”. E a população da Jordânia, por amor, está dividindo esta água com os refugiados“.

Existe uma partilha aqui, entre cristãos e árabes?

“Sim, e não está baseada em valor cristão, mas em valores árabes. Partilhar, ser generoso, aberto, ter a porta aberta para o próximo são valores árabes e nós nos orgulhamos disto. Além disto, os principais interesses que partilhamos são a paz e a segurança na Jordânia. Quando vemos o que está acontecendo na Síria e no Iraque, rezamos a Deus onipotente para que nos dê calma, tranqüilidade e segurança”.(JE)








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