Gênova (RV) – “Traduzam Santo Agostinho em árabe para que possamos conhecê-lo”.
Este foi o pedido feito em 2001 pelo Presidente da Argélia, Abdelaziz Bouteflika e
por diversos estudiosos de universidades islâmicas, por ocasião do Colóquio Internacional
de Argel. Onze anos após – refere o L´Osservatore Romano -, os padres agostinianos
descalços do Santuário de Nossa Senhora de Gênova responderam ao pedido traduzindo
para o árabe os textos mais representativos, na expectativa de que a iniciativa possa
contribuir para uma aproximação entre cristãos e muçulmanos. Os textos serão divulgados
via internet para que possam ser acessíveis a todas as famílias. Os padres agostinianos
descalços desejam que os textos traduzidos sejam lidos nas Universidades em Túnis,
no Cairo e em Argel. “Tenho a intenção – acrescentou Padre Cavallari -, de escrever
ao Presidente da Argélia para lhe dizer que estamos respondendo ao pedido do mundo
islâmico feito em 2001. Desejamos que os estudantes universitários muçulmanos possam
se aproximar sempre mais da espiritualidade e do pensamento de Santo Agostinho com
o objetivo de melhorar o diálogo entre as duas religiões. Agostinho deve ser a ponte
entre o mundo islâmico e o ocidente”, frisou o sacerdote agostiniano. “O nosso
objetivo, - explicou Padre Eugenio Cavallari - é contribuir para o diálogo entre o
mundo muçulmano e o ocidente para um novo futuro de unidade e de paz, através de Santo
Agostinho”. “Este é o nosso sonho”. O Bispo Santo Agostinho, que nasceu no ano
de 354 em Tagaste, atual Souk Ahras, e morreu em 430 em Hipona, atual Annaba, - cidades
localizadas na atual Argélia -, é considerado pelos árabes "como um deles", por isso
a sua africanidade é estratégica. (JE)