2013-01-04 18:36:26

Equador: Bispos recordam que o povo não é uma massa a ser manipulada


Quito (RV) - Os bispos do Equador divulgaram uma mensagem por ocasião da campanha eleitoral em andamento no país. Os prelados esperam que o desafio eleitoral seja orientado a salvaguardar uma democracia autêntica.

Em 17 de fevereiro próximo, cerca de doze milhões de equatorianos irão às urnas para eleger o novo presidente. Os bispos ressaltam no documento que os leigos cristãos têm a obrigação moral de discernir acerca da compatibilidade das propostas políticas com a fé e a moral de vida cristã e não devem aderir a sistemas ideológicos que se oponham a essa moral.

A mensagem do episcopado equatoriano sublinha que numa sociedade democrática é o cidadão quem delega o poder aos governantes e recorda ao poder político que não se trata um povo como uma multidão amorfa que pode ser manipulada ou instrumentalizada, mas deve ser entendida como um conjunto de pessoas que têm uma própria visão da vida pública.

Neste sentido, os bispos exortam o Governo a respeitar o sistema jurídico bem como a divisão e autonomia entre os poderes do Estado, e pedem aos candidatos à presidência para centralizar a própria campanha na discussão de projetos e não em ofensas e ataques pessoais. "Não se trata de uma luta cega e fechada de uns contra outros, mas da possibilidade de apresentar propostas políticas válidas e programas de Governo" – ressalta o documento dos bispos equatorianos.

Os prelados convidam os eleitores a exercerem o direito e dever de votar com coerência pela defesa da vida desde a concepção até a morte natural, pela família constituída por um homem e uma mulher e pela escolha livre dos pais na educação dos filhos.

"O Estado vem depois da pessoa e não tem a tarefa de conceder direitos, mas reconhecer, promover e garantir os direitos humanos e civis" – afirma a mensagem dos bispos que reiteram seu dever de pastores de esclarecer sobre a realidade política, social e econômica do país à luz do Evangelho.

"Os bispos não devem acriticamente apoiar qualquer governo, manter uma oposição cega e até mesmo abster-se de qualquer intervenção" - lê-se no documento que recorda um trecho da mensagem do recente Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização em outubro passado: "Aos políticos cristãos que vivem o preceito da caridade pede-se um testemunho claro e transparente no cumprimento de suas responsabilidades". (MJ)







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