2013-01-02 12:51:30

Taizé: próxima "peregrinação de confiança" terá lugar em Estrasburgo


Estrasburgo, sede do Parlamento Europeu, do Conselho da Europa e do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos acolherá, no final de 2014, a próxima "Peregrinação de Confiança através da Terra", organizada pela Comunidade de Taizé. Quem o anunciou foi o Irmão Alois, prior da Comunidade, lembrando que Estrasburgo é uma cidade "na fronteira entre dois Países, uma cidade símbolo da reconciliação na Europa, um símbolo de uma Europa aberta e solidária". No momento do anúncio – informa a agência de notícias SIR - estavam presentes o arcebispo da diocese, Dom Jean-Pierre Grallet e o prefeito da cidade, Roland Ries. O Irmão Alois recordou também o encontro do dia anterior com o Papa na Praça de São Pedro, sublinhando que "a oração com o Papa Bento XVI permanecerá gravada na nossa memória como uma luz que nos ajudar a ir para frente". Entretanto, termina hoje o encontro europeu dos jovens organizado em Roma pela comunidade ecuménica de Taizé. A chegada na capital, o encontro com o Papa, os momentos de oração e a visita aos lugares sagrados revelaram aos 45 mil participantes, o rosto e o coração do Cristianismo. Nas palavras do Irmão John, o significado desta nova etapa da "Peregrinação de confiança através da terra" iniciada há 35 anos (Entrevista é de Emanuela Campanile).
R. – Quando os jovens começaram a vir a nós em Taizé, o Irmão Roger, nosso fundador, não queria que esta fosse apenas uma bela experiência, um evento, mas que tivesse continuidade. Portanto, é este o objectivo: criar esta confiança em Deus que nos permite viver a confiança entre nós, ser testemunhas de um mundo melhor e ser co-responsáveis ​​da Igreja; ajudar os jovens a viver uma fé madura e reunir-se para além de todas as barreiras existentes.
D. – No segundo dia do encontro europeu, 45 000 jovens ortodoxos, católicos e protestantes reuniram-se na Praça de São Pedro para uma oração comum com o Papa Bento XVI. A saudação do Irmão Alois ao Santo Padre também se refere aos cristãos reconciliados, como testemunhas da paz. O que significa ser cristão reconciliado?
R. – Significa não esperar que haja o dia de uma eventual reunião das Igrejas, mas iniciar já dentro de si, no próprio coração, a reconciliar-se com os outros. Isto significa para os cristãos compreender os dons das outras tradições, e colocá-las na própria fé. E nós tentamos viver isto em Taizé. Acho que cada qual pode fazer este passo dentro de si e isto prepara a Igreja reconciliada de amanhã.
D. – O Papa, respondendo obviamente a esta saudação do Irmão Alois, lembrou que é a quarta vez que a comunidade de Taizé realiza um encontro europeu em Roma. Qual é o fio condutor comum destes encontros romanos de Taizé?
R. – Acho que é a descoberta dos lugares importantes da fé. Por exemplo, eu estive presente em todos os quatro encontros de Roma. No primeiro encontro houve a visita às catacumbas e naquela ocasião fizemos passar todos os jovens pelas catacumbas. Este ano não vai ser possível fazê-lo para todos. Parece-me, contudo, importante que redescubram as raízes da fé em Jesus Cristo, vivida pelos cristãos de Roma há dois mil anos.
D. – Eu gostaria de lembrar que a Comunidade de Taizé não deseja organizar um movimento de jovens em torno de si. Expliquemo-lo bem. Procura, pelo contrário, acompanhar os rapazes no aprofundamento da fé e, talvez, incentivá-los a se engajar na Igreja e em particular nas suas paróquias, porque, afinal, é mesmo lá onde se torna mais saboroso o sal ...
R. – Exactamente isso, esta é a nossa linha: ajudar os jovens a ser fermento lá onde eles se encontram: nas paróquias, nas igrejas, nos grupos e nos movimentos.
D. – Muitos dos jovens que vieram aqui em Roma, foram recebidos por famílias romanas. Roma abriu realmente os seus braços?
R. – E também muitos nas comunidades religiosas, que é uma coisa específica de Roma, dada a existência de todas estas comunidades de religiosas. Quem teve a sorte de estar nas famílias e nas comunidades recebeu um acolhimento belíssimo, porque os romanos são muito acolhedores, sobretudo quando vêem as pessoas. Antes, talvez, existe um pouco de suspeita - "Que língua podemos falar? Não nos vamos entender "- mas uma vez que vêem as pessoas, se apercebem que é muito simples e tudo se torna fácil.








All the contents on this site are copyrighted ©.