Cidade do
Vaticano (RV) - Realiza-se nestes dias, em Roma, um encontro internacional para
mais de 40 mil cristãos, de todas as confissões, sendo a maioria jovens, comemorando
os 30 anos do famoso “Concílio dos jovens”, realizado por Irmão Roger Schutz, com
o título Peregrinação da confiança sobre a terra”. É o 35º encontro europeu de jovens.
Este
encontro tem como objetivo a oração, reflexão e vida em comum com paróquias, famílias
e comunidade. É interessante destacar que o título do encontro se enquadra perfeitamente
dentro do Ano da Fé.
São sete dias destinado a refletir sobre o sentido da
vida, um convite para descobrir e acolher Cristo, fermento de paz e foco de reconciliação
na Igreja, como definiu o atual Prior de Taizé, Ir. Alois Loser. Prosseguindo, ele
acrescentou: “Um convite aos jovens de todos os continentes para que coloquem em comum
suas esperanças, intuições, experiências para dar novo impulso ao momento presente.”
A
Comunidade de Taizé, cognominada “pequena primavera da Igreja” por João XXIII, foi
fundada em 1940, na França, por Ir. Roger Schutz, jovem suíço, estudante de teologia.
Ele desejava fundar uma Comunidade Ecumênica. Outros jovens suíços como Max Thurian
partilharam desse ideal e em 1949 sete irmãos emitiram os votos monásticos.
O
Beato Papa João XXIII e o Concílio Vaticano II foram grandes impulsionadores do ideal
de Taizé. O Papa Roncalli recebeu em audiência, logo após sua eleição à Sé de Pedro,
Ir. Roger e Ir. Max. Isso colaborou para que o Papa convidasse esses dois irmãos
de Taizé para participarem, como observadores, do Concílio Vaticano II. Segundo Ir.
Alois, “o que hoje se vive em Taizé seria impensável sem a realidade do Concílio.
Se como jovem católico com 16 anos pude ir a Taizé em 1970 e aprofundar minha fé com
cristãos de diversas confissões, foi graças ao Concílio.”
Neste Ano da Fé,
Taizé traz a Roma milhares de jovens para um encontro com o Papa. Será um momento
de oração, de testemunho e de louvor.
Que a acolhida desse sopro do Espírito,
no coração e na mente dos jovens, seja partilhada por nós todos, como fizeram os papas
da época, de João XXIII a Bento XVI, não nos esquecendo que o Beato João Paulo II
lá esteve em 1986. Tenhamos um coração aberto, acolhedor, fraterno. Tenhamos fé em
que o Espírito sopra onde e como quer!