Nova York (RV) - A Assembléia Geral da ONU aprovou por unanimidade a proibição
da mutilação genital feminina. Ao final da sessão a Assembléia exortou os Estados
membros a abolirem a prática e a promoverem programas no setor social e educacional
visando o abandono desta prática.
Em todo o mundo entre 130 e 140 milhões
de mulheres são submetidas a mutilações genitais. Segundo a Organização Mundial da
Saúde a prática é realizada principalmente em 28 países, a maioria na África sub-sahariana,
mas também no Oriente Médio e Ásia.
Mais ligada a tradições e culturas que
a motivações religiosos, esta prática não-terapêutica coloca em risco três milhões
de mulheres a cada ano, a maioria crianças. A idade em que é realizada varia de país
a país. Na Nigéria, por exemplo, é feita em recém-nascidos, na Somália em crianças,
e em Uganda em adolescentes.
As consequências da práticas são muito graves
nas áreas psicológica e física, podendo muitas vezes levar à morte, sem falar nos
ricos em futuros partos.
A aprovação do texto, sem discussões nem emendas,
revela o amplo acordo político sobre o dispositivo, o primeiro dedicado especificamente
ao tema. (JE)