2012-12-21 20:18:13

Mártires de Otranto convidam-nos a sermos testemunhas críveis do Evangelho, diz Arcebispo Donato Negro


Cidade do Vaticano (RV) - Há grande expectativa na Arquidiocese de Otranto para a canonização dos Mártires da cidadezinha da região italiana da Puglia.

Trata-se Antônio Primaldo e companheiros, mais de 800, assassinados por ódio à fé durante o assédio turco da cidade em 1480. Nesta quinta-feira o Santo Padre autorizou a Congregação das Causas dos Santos a promulgar os Decretos a eles relacionados.

A Rádio Vaticano entrevistou o arcebispo de Otranto, Dom Donato Negro, que nos disse como o martírio desses 800 futuros santos condicionou a vida e a história desta arquidiocese:

Dom Donato Negro:- "Eles são as testemunhas da fé e, portanto, são um impulso a toda a comunidade a amadurecer e a crescer na fé e a tornar-se testemunha crível do Evangelho, no hoje da nossa história. Foi um martírio de massa: oitocentos homens deram a vida pela fidelidade ao Evangelho. Portanto, a nova evangelização aqui está no sangue, nas veias desta Igreja: justamente porque temos aqueles que evangelizaram dando a vida com o testemunho, que é o primeiro passo da verdadeira evangelização."

RV: Quando João Paulo II visitou Otranto em 5 de outubro de 1980, falando sobre o martírio destes 800 discípulos de Cristo, disse: "O martírio é uma grande prova. Num certo sentido, é a prova definitiva e radical". São palavras, hoje, de uma atualidade muito forte...

Dom Donato Negro:- "De fato, são de grande atualidade! Num contexto de indiferença religiosa, João Paulo II fez um discurso extraordinário, sobretudo aos jovens. Perguntou-lhes: "Hoje, vocês estão dispostos a repetir com plena convicção e consciência as palavras dos Beatos mártires? Aí está tudo. Estes dias refleti sobre uma coincidência muito bonita: o fato de o milagre por intercessão dos mártires em favor de uma irmã – uma religiosa Clarissa – ter-se verificado poucos meses antes da vinda do Papa. Este sinal deu-se quase como um fio da Providência, e depois veio o Papa para venerar também os mártires, quase como uma forma de canonização. Tudo isso foi muito bonito." (RL)







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