Igreja na Coreia pede mais diálogo entre Norte e Sul
Seul (RV) - "Conquistar a confiança dos jovens" e "ter uma atitude mais flexível
nas relações com a Coreia do Norte": estes são os principais desafios que a nova presidente
da Coreia do Sul, Park Geun-hye, terá que enfrentar. É o que afirma à Agência Fides
o Diretor Nacional das Pontifícias Obras Missionárias na Coreia, pe. John Bosco Byeon,
depois das eleições presidenciais.
Do partido conservador, Park Geun-hye,
50 anos, filha de um ex-ditador e primeira líder mulher da nação, venceu com 51,6%
dos votos o democrático Moon Jae-in.
"Creio que no voto tenha contado muito
o fator emotivo", destaca o Diretor. "O povo a apoiou em memória de seu pai: em especial,
recebeu o apoio dos mais idosos, que temiam a mudança, e que recordaram seu pai mais
pelo crescimento econômico do que pelos abusos dos direitos humanos. Esta é a esperança:
um novo crescimento econômico".
"A nova presidente - prossegue – prometeu
que lutará contra a corrupção e restituirá transparência à política, mas deve conquistar
a confiança dos jovens, que não a apoiaram: este será o maior desafio."
Um
tema vital para a segurança nacional é a relação com a Coreia do Norte. Pe. John Bosco
Byeon destaca a Fides: "Em relação à Coreia do Norte, o partido conservador tem uma
posição muito intransigente e é também contrário às ajudas econômicas que do Sul vão
ao Norte. Segundo alguns analistas, a liderança norte-coreana teria aprovado a eleição
de Park Geun-hye. Mas não creio que os militares na Coreia do Norte pretendem melhorar
as relações com o Sul: não há sinais nesse sentido".
"Sobre este delicado
- continua –, a Igreja pede diálogo e reconciliação. A presidente disse que buscará
uma posição unitária de todo o país, um consenso com outros partidos políticos. Da
nossa parte, esperamos uma atitude mais flexível nas relações bilaterais, para deixar
aberta a porta da esperança". (BF)