2012-12-19 17:28:56

"Populorum Progressio", a caridade do Papa na América Latina


Cidade do Vaticano (RV) - Por desejo do então Papa João Paulo II foi criada a Fundação “Populorum Progressio”, que tem como missão implementar projetos de desenvovimento para os pobres no continente latino-americano. A Fundação está inserida no Pontifício Conselho Cor Unum, o dicastério vaticano voltado para a caridade do Papa. A Rádio Vaticano conversou com o subsecretário do dicastério, Monsenhor Segundo Tejado Muñoz, sobre as obras da Fundação no contiente.

Incialmente, Mons. Muñoz explicou a motivação de João Paulo II em criar este organismo em 1992, por ocasião do V centenário de evangelização da América. Segundo ele, “a idéia de João Paulo II, que ainda subsiste, era a de ajudar estas populações, que possuem tradições ancestrais nas suas vidas e nas suas comunidades, e que correm o risco de perder a sua identidade na sociedade pós-moderna. Assim, o seu olhar era dirigido a estas populações vulneráveis, no sentido de ajudá-las no seu desenvolvimento, um desenvolvimento que não seja imposto, mas que parta justamente deles”.

Sobre as ações desenvolvidas junto às populações indígenas do continente latino-americano, o subsecretário do dicastério indicou que nos últimos anos foram implementados mais de três mil projetos: “são pequenas iniciativas para ajudar estas pequenas comunidades indígenas, de afro-americanos e de outros campesinos da América Latina. São pequenos projetos desenvolvidos na selva amazônica, nos países andinos, no Peru, Colômbia, no Brasil e na Amércia Central. São pequenos sinais do amor do Santo Padre pelos últimos, pelos menores”, salientou.

Os projetos, segundo informa Mons. Muñoz, são financiados em sua maioria pela Conferência Episcopal italiana, mas são buscadas novas formas de financiamento, para se evitar o corte de verbas nos mais de 800 projetos enviados aos dicastério anualmente. “Outro desafio – sublinha -, é se fazer conhecer mais para poder se chegar a locais que tenham necessidade e onde ainda não se chegou”. “Mesmo a Igreja estando presente de maneira capilar na América Latina, desejamos alargar nossas possibilidades de ajuda no âmbito de ação da Fundação”, enfatiza. (JE)








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