2012-12-13 13:49:19

Índia: “Jornada pela libertação dos dalits”


Nova Déli (RV) - Neste Ano da Fé, a Igreja indiana, celebrando a “Jornada pela libertação dos dalits” em 9 de dezembro, renovou seu compromisso em favor dos mais pobres, marginalizados e discriminados. Segundo o padre jesuíta A. Maria Arul Rajá, Diretor do Instituto para o Diálogo entre culturas e religiões do “Loyola College”, de Chennai, “nos 250 milhões de “intocáveis”, “dalits” e “sem casta”, que na Índia são considerados como “rejeitos humanos, existe o “gemido do Espírito Santo” que se exprime e chora a dignidade de cada ser humano”.

Entre eles há 20 milhões de dalits cristãos, maltratados e duplamente discriminados. O sacerdote jesuíta falou à agência Fides sobre os esforços ecumênicos desenvolvidos pelas comunidades cristãs em todo o território indiano, enfatizando “a responsabilidade para com os irmãos e irmãs de origem dalit, em particular os cristãos, que sofrem com a discriminação social, pobreza e atraso educacional devido à sua ‘intocabilidade’. Este é um teste para a igreja indiana, afirma”.

Ele diz que “a nova evangelização significa exprimir a compaixão de Deus Pai e comunicá-la a todas as pessoas que se sentem feridas. O mistério da encarnação revela que todos estes seres humanos são criados à imagem de Deus, possuem a mesma natureza e origem e, redimidos por Cristo, gozam da mesma vocação divina. A encarnação revela a fundamental igualdade entre todos os seres humanos”.

E na Índia, explica o jesuíta, “é muito doloroso encontrar milhares de pessoas subjugadas há séculos pela exclusão social, a privação econômica, a alienação política, a marginalização cultural”. Todavia, - acrescenta, - os dalits estão se tornando cada vez mais conscientes do caminho para salvaguardar a sua dignidade e tutelar os seus direitos legítimos.

No compromisso com uma nova evangelização que “guie a humanidade a um novo céu e a uma nova terra”, a Conferência Episcopal indiana criou, no setor Justiça e Paz, um departamento especial dedicado aos dalits e às classes marginalizadas (“Office for Scheduled Caste/Backward Classes). (SP)








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