Uganda: Cardeal Filoni exorta leigos de Gulu à santidade e à reconciliação
Campala (RV) - O prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal
Fernando Filoni, fez uma exortação na manhã desta quinta-feira aos fiéis leigos da
prefeitura eclesiástica de Gulu, no norte de Uganda, durante a celebração eucarística
que presidiu na catedral da Diocese de Arua, por ocasião do centenário de evangelização
da circunscrição eclesiástica.
"Não posso deixar de expressar a vocês, caros
irmãos e irmãs, todo o meu apreço pelo serviço que prestam tão bem a Cristo e à Igreja
mediante o ensino do catecismo, pela caridosa abertura de vocês aos mais necessitados,
a educação dos jovens, a promoção da reconciliação entre as famílias ou grupos divididos,
pela assistência aos anciãos, ajuda nas paróquias e pela ajuda nas liturgias dominicais;
em suma, pela dedicação de vocês mediante toda forma de apostolado e de animação missionária.
Sejam sempre homens de bondade, de reconciliação, de santidade de vida cristã, e de
paz."
Outras circunscrições que compõem a província eclesiástica de Gulu, que
também recentemente celebraram este centenário, se uniram à festa jubilar de Arua.
Saudando
os bispos e os sacerdotes presentes, o cardeal agradeceu pelo convite "a participar
deste Centenário de evangelização dessa terra abençoada, onde santos missionários,
religiosos e religiosas, dedicaram a sua vida ao nascimento desta Igreja em Arua",
disse.
"Não podemos permitir que este Centenário especial passe sem deter-nos
a refletir, a rezar e a agradecer a Deus com um sentido de gratidão por todos aqueles
que trouxeram o Evangelho a este lugar. Somos herdeiros daquela grande obra de evangelização
que agora está em nossas mãos", continuou.
"Nós, que amamos o Batismo que recebemos,
temos o dever sagrado de continuar o trabalho deles, cada um segundo o chamado e a
graça que Deus nos confiou, como bispos, sacerdotes, pessoas consagradas e fiéis leigos",
exortou o purpurado.
Em sua homilia, o Cardeal Filoni se deteve, em particular,
a refletir sobre o tempo litúrgico do Advento: "No início de cada novo ciclo anual
a sagrada liturgia convida a Igreja a renovar o seu anúncio divino a todos os povos,
e o resume em duas palavras: "Deus vem"... Não está no passado (Deus veio), nem no
tempo futuro (Deus virá). Está no presente: "Deus vem".
Isso implica um presente
contínuo, isto é, um ato sempre contínuo: aconteceu, está acontecendo agora, e acontecerá
também no futuro. Em todos esses momentos "Deus vem", explicou o prefeito de Propaganda
Fide.
Proclamar simplesmente essas duas palavras equivale a anunciar Deus
mesmo, que é essencialmente o "Deus-que-vem". O tempo do Advento convida todos os
fiéis a se tornarem mais conscientes dessa verdade e a agirem consequentemente, destacou
o purpurado. (RL)