2012-12-13 15:25:30

O "dever" de educar as novas gerações "na verdade e para a verdade": acolhendo cinco novos Embaixadores, Papa recorda aos governantes a importância da educação


Ter a coragem de favorecer a educação das novas gerações graças à promoção de uma sã antropologia – foi a vigorosa exortação lançada por Bento XVI nesta quinta de manhã ao receber os novos Embaixadores de cinco diferentes países: três da África (Guiné-Conakri, Níger e Zâmbia), dois da Ásia (Tailândia e Sri Lanka) e um país das Caraíbas, (São Vicente e Granadinas, arquipélago de pequenas ilhas junto à América Central).
Indicando o plano de relevo que a educação ocupa entre “os numerosos desafios da nossa época”, o Papa observou que “a família e a escola já não parecem ser o primeiro e natural terreno fértil para as jovens gerações receberem a seiva fecunda da sua existência”. Tanto a escola como a universidade – considera Bento XVI - parecem terem-se tornado “incapazes de projetos criadores”. Os jovens são assim “tentados pelo menor esforço, pelo mínimo indispensável e pelo sucesso fácil, utilizando por vezes de maneira imprópria as possibilidades oferecidas pela tecnologia contemporânea”.
O Papa Ratzinger fez suas a convicção do seu predecessor Leão XIII, na Encíclica “Rerum Novarum”, de que “a verdadeira dignidade do homem e a sua excelência residem no comportamento, isto é, na virtude; a virtude é o primeiro património comum dos mortais, ao alcance de todos”. “Convido portanto os vossos governos a contribuirem corajosamente para o avanço da nossa humanidade, favorecendo a educação das novas gerações graças à promoção de uma sã antropologia, base indispensável para toda a educação autêntica, e conforme ao património natural comum”.
Uma tarefa que – considerou Bento XVI – poderia passar antes de mais por uma séria reflexão sobre as diferentes problemáticas existentes nos respetivos países onde certas opções políticas ou económicas podem provocar insidiosamente a erosão do património antropológico e espiritual de cada nação. “Convido os vossos governos a terem a coragem de trabalhar na consolidação da autoridade moral – compreendida como apelo a uma coerência de vida – necessária para uma verdadeira e sã educação das jovens gerações”.

É preciso “nunca esquecer o direito a uma educação nos justos valores”: “O dever de educar nestes valores nunca deve ser truncado ou enfraquecido por qualquer interesse político nacional ou supernacional. É por isso que é necessário educar na verdade e para a verdade”.
Hoje em dia – deplorou o Papa – “tornou-se suspeito dizer a verdade, querer viver na verdade parece algo de ultrapassado, e promovê-la parece um esforço vão”. Ora, “o futuro da humanidade encontra-se também na relação das crianças e dos jovens com a verdade”: “a verdade sobre o homem, a verdade sobre a criação, a verdade sobre as instituições, etc”.








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