"Civilização do amor requer respeito de culturas e povos". Ouça
Cidade
do Vaticano (RV) – Encerrado quarta-feira no Vaticano, o congresso internacional
“Ecclesia in America” teve em seu programa uma sessão de trabalho que abordou “alguns
graves e comuns problemas sociais: corrupção, drogas, armas, cultura da morte, problemática
dos imigrantes e a situação dos índios e afro-americanos.
A respeito da atenção
aos povos autóctones da América, e de modo especial, aos latino-americanos, Moysés
Azevedo, fundador da Comunidade Shalom, que participou dos trabalhos, falou ao Programa
Brasileiro.
“Houve inclusive toda uma comissão, presidida por Dom Leonardo
Steiner, Secretário-geral da CNBB, que com bispos e participantes das várias dimensões
da América, refletiu sobre questões como as drogas, os afro-descendentes e os povos
indígenas. Uma das coisas muito bonitas que vi aqui foi esta dimensão mariana, a dimensão
de Nossa Senhora de Guadalupe, como uma semente da evangelização dos novos povos”.
“É muito bonito vermos que quando Nossa Sra. de Guadalupe se apresentou
a Juan Diego, se apresentou como mestiça. Ou seja, a graça de Deus, o Evangelho de
Nosso Senhor Jesus Cristo é traduzido e penetra na vida concreta das realidades mais
profundas da vida do homem, especialmente aqui, falando das questões de nossos irmãos
afro-descendentes, da questão indígena, da questão das terras que muitas vezes ainda
precisam ser defendidas, da sua cultura”.
“Dentro desta dimensão, a
Igreja se levanta como defensora daqueles que não têm voz, como anunciadora do mistério
de Cristo, dentro da realidade de cada um deles. Assim como Nossa Senhora de Guadalupe
foi ao encontro de Juan Diego com as características próprias de sua cultura, podemos
realizar a grande transformação de vida e a civilização do amor que nosso Papa Bento
XVI tanto nos pede e que nós cristãos somos chamados a realizar. Não haverá civilização
do amor sem o respeito das culturas, sem o respeito destes nossos irmãos brasileiros,
latino-americanos e americanos, e sem a presença do encontro vivo que dentro de nossas
culturas pode purificar e elevá-la até chegar à plenitude”. Para ouvir, clique
acima. (CM)