2012-12-12 19:05:57

Card. Ouellet: a fé é a herança mais preciosa que une Sul e Norte da América


Cidade do Vaticano (RV) - O prefeito da Congregação para os Bispos e presidente da Comissão para a América Latina (CAL), Cardeal Marc Ouellet, celebrou às 18h30 desta quarta-feira a missa de conclusão do congresso internacional "Ecclesia in America", realizado no Vaticano à distância de quinze anos do Sínodo dos Bispos para a América.

A missa foi celebrada na "Igreja de Santa Maria in Traspontina", situada na Rua da Conciliação, artéria principal que dá acesso à Praça São Pedro.

Na homilia da celebração o Cardeal Ouellet, após recordar o anúncio do anjo Gabriel a Maria e o sim da Virgem à maternidade divina, ressaltou que quando Deus quis abrir a América ao Evangelho lançou seu olhar para um camponês pobre e humilde, Juan Diego, que recebeu, ele também, uma visita e uma mensagem do céu.

Atraído para a montanha por um canto celestial do qual ignorava a fonte, viu uma Senhora nobre, radiante, de inimaginável perfeição, vestida de sol. Ela se apresentou como a Mãe do Deus verdadeiro, destacou o purpurado, recordando Nossa Senhora de Guadalupe – Imperatriz das Américas –, cuja festa litúrgica celebramos nesta quarta-feira.

Referindo-se ao congresso internacional, o Cardeal Ouellet disse que os dias abençoados vividos neste evento se desenvolveram entre os dois mistérios da Anunciação e da Visitação. "Somos testemunhas de que o Povo de Deus que caminha na América está dizendo "sim" ao chamado deste Ano da Fé", afirmou.

Viemos para este encontro "para reavivar o dom da fé que recebemos 500 anos atrás", e queremos ser testemunhas da fé na unidade, "vez que este dom é a herança mais preciosa que une o Sul e o Norte da América desde suas origens", observou.

Dirigindo-se aos 250 participantes do congresso e aos demais presentes, o presidente da Comissão para a América Latina disse estarmos preparados para "levar a mensagem do Evangelho com novo ardor, com novos métodos e numa nova linguagem".

Contemplando a realidade da América e a missão da Igreja nesta significativa porção do Povo de Deus, o Cardeal Ouellet destacou que o continente "cresceu sob o signo de Cristo Rei" e que "sob o cajado de Pedro deve transmitir e difundir sua fé para ser fiel a si mesmo".

"Os pobres esperam ansiosamente este testemunho que deve passar pela caridade sincera, a fraternidade e a solidariedade efetiva com os menos favorecidos", observou.

Na esteira da Conferência de Aparecida, o purpurado prosseguiu sua homilia fazendo votos de que os batizados da América se tornem assim "discípulos missionários" no poder do Espírito, que os envia a uma Missão Continental que deve abraçar todo o continente.

"Que todos os batizados se levantem e proclamem sua fé com orgulho, no respeito pela liberdade dos demais, porém conscientes de que têm que passar a tocha da fé para as novas gerações da cultura digital. Que surja, sobretudo, um novo florescimento de homens santos e de mulheres santas para a Nova Evangelização", auspiciou.

O prefeito da Congregação para os Bispos concluiu afirmando que os muitos males sociais que atingem a América reclamam dos discípulos de Cristo um tratamento que elimine o vírus mortal do egoísmo, da inveja e do ódio, exortando a lutar contra a exploração dos pobres, o comércio ilícito, as leis injustas no que tange à imigração, à violência urbana, à desagregação familiar, e muitas outras questões.

Por fim, exortou a colocarmos nas mãos de Nossa Senhora de Guadalupe, Nossa Mãe, as esperanças e os projetos que nascem deste encontro em Roma, 15 anos após o Sínodo dos Bispos para a América. (RL)







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