2012-12-11 15:44:59

Anglicanos e Católicos do Reino Unido contrários à redefinição do matrimônio


Londres (RV) - “As consequências da mudança não seriam úteis para a sociedade na sua complexidade”: é o que afirma uma nota da Igreja da Inglaterra em relação à intenção expressa pelo Primeiro-Ministro britânico David Cameron em favor de uma redefinição do matrimônio.

O governo inglês defende que o casamento seja entendido como um ato de união entre duas pessoas e não como de marido e mulher e que este possa ser celebrado nas igrejas também entre pessoas do mesmo sexo. O governo defende a proposta de que ninguém seja excluído da “instituição matrimônio” e que as comunidades religiosas que se opõe a isto não sejam obrigadas a celebrar estas uniões nos seus lugares de culto.

A comunidade anglicana, juntamente com a Igreja Católica, - informou o jornal L'Osservatore Romano -, desenvolve uma campanha em defesa do casamento tradicional como sendo uma união entre um homem e uma mulher, enfatizando o respeito pela dignidade de todas as pessoas. A nota lembra que o casamento tradicional "contribui de forma significativa para o bem comum e nossa defesa é motivada por uma preocupação para o bem de todos na sociedade."

“A especificidade do matrimônio, - acrescenta a nota -, consiste no fato que este representa de maneira evidente e objetiva a distinção entre um homem e uma mulher e esta distinção de complementariedade se torna mais explícita na união biológica entre o homem e a mulher que tem possibilidade de procriar”.

A Igreja Anglicana assinala que a união entre pessoas do mesmo sexo leva ao risco de enfraquecer a tradicional definição de matrimônio. “Mudar a natureza do matrimônio para todos, - conclui a nota -, trará divisões e não levará a maiores ganhos do ponto de vista legal, em relação aos direitos já adquiridos e reconhecidos no âmbitos das uniões civis”.

Em entrevista ao “Daily Telegraph”, em 27 de janeiro, o arcebispo de York, John Sentamu, afirmou que os bispos anglicanos admitem a possibilidade de reconhecer, a nível civil, as uniões de mesmo sexo, mas advertem que transformar uma convivência doméstica registrada em um matrimônio não diz respeito ao governo, que não pode criar instituições que não são de sua competência”. (JE)









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