Kinshasa (RV) - O Serviço Jesuíta para Refugiados da Região dos Grandes Lagos
(JRS) denunciou a morte de pelo menos 28 pessoas em Masisi, na República Democrática
do Congo (RDC), desde 29 de novembro passado, por causa dos combates em andamento
entre grupos armados rivais.
Num comunicado enviado à Agência Fides, o organismo
ressalta que Masisi é uma área rica em minerais, no Norte Kivu, leste da RDC. A entidade
lembra que desde agosto passado aumentaram os combates entre os vários grupos rebeldes,
bem como entre esses grupos e o Exército congolês.
"Como conseqüência, milhares
de mulheres, crianças e homens abandonaram suas casas. Além disso, um clima de medo
e desconfiança recíproca prevalece entre as duas maiores comunidades que vivem na
área, Hunde e Hutu" – destaca a nota.
O JRS pede à comunidade internacional,
autoridades congolesas, a missão de paz da ONU (MONUSCO) e aos políticos da região
dos Grandes Lagos para que se lembrem do conflito esquecido na área de Masisi e garantam
a proteção da população local.
"Nós apreciamos os esforços diplomáticos em
andamento para deter a violência dos rebeldes que em 20 de novembro passado assumiram
o controle de Goma, capital do Norte Kivu, provocando a fuga de milhares de pessoas.
A mesma determinação é agora necessária para restaurar a paz e a segurança para a
população em Masisi, esgotada pelo conflito", disse o diretor do JRS dos Grandes Lagos,
Isaac Kiyaka, SJ. (MJ)