Cidade do Panamá (RV) – Os Bispos da Igreja Católica na América Central, que
formam o Secretariado Episcopal da América Central (SEDAC), manifestaram sua “profunda
preocupação” pela tendência na região “do avançar de um amplo programa contrário à
vida”, bem como a formação de partidos únicos, a falta de oportunidades para os jovens
e a crescente violência. No comunicado final, aprovado pela Assembleia do SEDAC, que
se realizou de 26 a 30 de novembro na Cidade do Panamá, os Bispos destacam que estão
percebendo “com profunda preocupação muito sinais que manifestam o deteriorar-se do
tecido social e lançam nuvens assustadores sobre o nosso futuros como sociedades”.
Entre as preocupações está “o sucateamento da democracia”.
Assinalam que apesar
de não estarem ameaçados por regimes militares do passado, os Países da região avançam
rumo “à tendência de formação de partidos únicos” e também se nota a crescente “ameaça
da corrupção que alcança altos índices, envolvendo todo tipo de funcionários, eleitos
ou não”. O SEDAC tem 70 anos de vida e o motivo do encontro no Panamá foi a celebração
dos 500 anos de fundação da primeira Diocese em terra firme americana, em Santa María
de la Antigua, hoje Arquidiocese do Panamá.
O último quadriênio foi dirigida
pelo Arcebispo de Manágua (Nicarágua), Dom Leopoldo Brenes, e pelo Bispo de Granada
(Nicarágua), Dom Jorge Solórzano. Para os próximos quatro anos foram eleitos como
Presidente o Arcebispo do Panamá, Dom José Domingo Ulloa, e como Secretario seu Bispo
auxiliar Dom Pablo Varela. (SP)