Cardeal Tauran interveio em Viena na inauguração do Centro Internacional para o Diálogo
Inter-religioso
No cenário faustoso do Hofburg, o palácio imperial de Viena, uns 800 convidados participaram
nas cerimónias de lançamento do Centro Internacional para o Diálogo Inter-religioso
e Intercultural intitulado Rei Abdullah bin Abdulaziz, monarca da Arábia Saudita.
Presentes representantes de diferentes confissões cristãs e de variadas religiões
(nomeadamente islamismo, judaísmo, budismo e hinduísmo), incluindo por exemplo o patriarca
de Constantinopla e o Rabino chefe de Moscovo. Presentes também altas figuras políticas
como o Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon (na foto, com um príncipe saudita).
Na sua qualidade de membro “Observador Fundador”, a Santa Sé participou com uma delegação
encabeçada pelo cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do Conselho Pontifício para
o Diálogo Inter-religioso. Saudando em nome do Papa a vasta assembleia, o cardeal
Tauran advertiu que o que se espera da iniciativa é “honestidade, abertura e credibilidade”.
O Centro constitui uma “oportunidade para abrir um diálogo sobre muitos temas, nomeadamente
os direitos humanos fundamentais, em especial a liberdade religiosa em todas as suas
formas, para cada pessoa, para cada comunidade, onde quer que seja”. A Santa Sé –
recordou – está atenta de modo particular à situação das comunidades cristãs nos países
onde essa liberdade não é adequadamente garantida. “Serão propostas à nossa atenção
informações, iniciativas, aspirações e porventura defeitos. Será tarefa do Centro
– com a cooperação, na medida do possível, de outras instituições – verificar a sua
autenticidade e agir em consequência”. Os crentes, recordou o cardeal Tauran,
hão-de apoiar tudo o que favorece a pessoa humana nas suas aspirações materiais, morais
e religiosas. O que exige: - respeito do outro na sua especificidade;, - conhecimento
recíproco das tradições religiosas de cada um, especialmente através da educação;
- colaboração para que a nossa peregrinação em direção à Verdade se realize na liberdade
e na serenidade” (fim de citação).