Ásia ganha 3 cardeais no primeiro consitório sem europeus
Cidade do Vaticano (RV) – Com os novos cardeais criados pelo Papa no Consistório
de sábado, 24, incluindo o recém-criado Rubén Salazar Gómez, arcebispo de Bogotá,
70 anos, a América Latina conta 30 purpurados. Destes, 21 têm menos de 80 anos e serão
eleitores em um eventual conclave para a eleição do futuro Papa.
O Brasil continua
na frente em número de purpurados dos países latino-americanos, com nove, seis dos
quais, eleitores. Os outros três são octogenários e, como estabelece a normativa vaticana,
não podem eleger o Papa, mas podem ser eleitos.
Seguem México e Argentina,
ambos com quatro. Os mexicanos são todos eleitores, enquanto os argentinos que poderão
entrar na Capela Sistina – local do conclave – são dois.
Colômbia passa a
contar com três - sendo Salazar Gómez o único eleitor - seguida pelo Chile, com dois
cardeais, um eleitor e outro octogenário.
Venezuela, Honduras, República Dominicana,
Cuba, Peru, Bolívia e Equador têm apenas um purpurado eleitor cada, e a Nicarágua
também tem um cardeal, mas já com 80 anos.
Bento XVI nomeou também um dos
Estados Unidos, aumentando o número de cardeais da América do Norte para 22, dos quais
14 eleitores e oito octogenários.
Neste seu quinto consistório, Bento XVI
apostou na Ásia, dando ao continente mais três cardeais. Pela primeira vez na história,
os escolhidos não incluem europeus. Não obstante, a Europa continua a ter o maior
número de representantes no Colégio Cardinalício: 117, dos quais 62 são eleitores
e 55 octogenários.
O Colégio Cardinalício compõe-se hoje de 211 purpurados,
dos quais 120 podem participar em um eventual conclave, por ter menos de 80 anos.
Os restantes 91 não votam, mas podem ser eleitos.
Os novos cardeais são o
arcebispo estadunidense James Michael Harvey; Arcebispo-Mor de Trivandrum dos Sírios-Malancareses,
na Índia; Baselios Cleemis Thottunkal, o arcebispo de Bogotá, Ruben Salazar Gómez;
o arcebispo de Manila, Luis Antonio Tagle; Bechara Boutros Rai, patriarca da Igreja
Católica Maronita no Líbano; e o arcebispo de Abuja, Nigéria, John Olorunfemi Onaiyekan. (CM)