2012-11-23 12:39:10

Custódio da Terra Santa, carta-reflexão após a trégua


Jerusalém (RV) - O Custódio da Terra Santa, Pe. Pierbattista Pizzaballa, OFM, divulgou uma Carta-reflexão, após assinatura da trégua entre isralenses e palestinos.

Na sua carta o franciscano afirma: “mais uma vez violência, morte, e destruição foram a linguagem comum na qual nos encontramos. Não faz sentido começar a discutir sobre quem iniciou, fazer a conta dos mortos e atribuir responsabilidades e, infelizmente, uma solução abrangente parece ainda muito distante. Esperamos que essa violência não degenere em novos atentados e outras formas de retaliação que nos levam de volta no tempo. É necessário que todos os responsáveis se esforcem para retornar à moderação e detenham qualquer forma de perigosa deterioração.

Diante de tanta violência e à impotência de todos, – continua Pe. Pierbattista - para nós crentes a oração é o único recurso. Ela é necessária como o ar que respiramos, pois permite-nos olhar para o que está acontecendo com os olhos da fé, a única maneira de evitar cair na lógica da violência e rejeição do outro, da qual este último conflito é testemunha. Precisamos, apesar de tudo o que está acontecendo, acreditar no outro. Sem Deus, é impossível.

Nossas comunidades religiosas – destacou o Custódio da Terra Santa - deverão comprometer-se, ainda mais, nas muitas pequenas iniciativas de diálogo e paz. Não vão mudar o mundo na Terra Santa, mas vão ser a lufada de ar fresco que nos fará ver que, apesar de tudo, ainda há muitas pessoas que rejeitam essa lógica e estão dispostas a se comprometerem seriamente e concretamente.

Enquanto no Oriente Médio estão em andamento mudanças importantes, parece que na Terra Santa tudo permanece inalterado. Seja na Terra Santa, seja no resto do Oriente Médio, as comunidades cristãs são chamadas a darem testemunho, a transmitirem confiança e não cederem ao derrotismo.

E finaliza Pe. Pierbattista Pizzaballa: judeus, muçulmanos e cristãos foram chamados aqui, nesta Terra, pela Providência a viverem juntos. Queremos demonstrar com a vida que esta vocação é possível e realizável. E, com esta certeza queremos começar de novo. (SP)







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