Rio de Janeiro (RV) - No Dia Mundial em Memória às Vítimas de Trânsito, líderes
de diversas religiões, inclusive o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta,
se reuniram na comunidade para refletir sobre o tema. Nove líderes religiosos e parentes
de vítimas de acidentes de trânsito participaram, na manhã deste domingo, da cerimônia
que lembrou o Dia.
“Estamos vivendo uma guerra no trânsito. É preciso alterar
a consciência de todos” - disse Fernando Avelino, presidente do Departamento de Trânsito
do Rio de Janeiro (DETRAN) — que promoveu o evento ao lado da SuperVia. “Mas temos
o que comemorar, pois de 2009 a 2012 obtivemos uma diminuição de 5% nos acidentes
fatais, em contraste com o aumento de 11% de motoristas e 22% de veículos.
Líderes
do Candomblé, Conselho Espírita do Rio de Janeiro, Igreja Católica, Igreja Episcopal
Anglicana do Brasil, Igreja Messiânica Mundial do Brasil, Igreja Presbiteriana Unida,
Primado de Umbanda, Sangha Zen (budismo) do Rio de Janeiro e Sociedade Islâmica Beneficente
do Rio de Janeiro representaram o Centro de Articulações de Populações Marginalizadas.
“É
um momento para rezarmos, apoiarmos as vítimas e as famílias e refletirmos sobre o
tema” - avaliou o arcebispo, Dom Orani Tempesta.
Após os discursos, as vítimas
do trânsito foram homenageadas com flores. Os líderes religiosos plantaram sementes
de Ipê Amarelo, e balões com sementes de árvores foram soltos.
Promovido pelo
DETRAN RJ desde 2009, o evento é também um momento de relembrar aqueles que já faleceram
em acidentes de trânsito bem como os familiares que sofrem com a ausência de seus
entes queridos.
Dados do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) apontam
que anualmente cerca de dois milhões de pessoas morrem no Brasil vítimas da violência
no trânsito, sendo os principais fatores que influenciam o crescimento desta taxa
de mortalidade: a relação “comportamento e segurança dos usuários” e o excesso de
velocidade.
Contudo, de acordo com presidente do DETRAN RJ, Fernando Avelino,
de 2009 a 2012, apenas no Rio de Janeiro, houve uma queda de 5% no índice de vítimas
fatais em acidentes automotores. Ainda assim, cerca de 1.800 pessoas morrem por ano
vítimas de trânsito, afirmou.
Com cidades cada vez mais urbanas se faz necessário
uma maior conscientização à cerca de como o comportamento de cada um pode evitar mortes
no trânsito. Neste sentido, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta,
ressaltou a importância das religiões na construção do ser humano no que tange seus
valores, assim como o respeito à vida e à paz interior.
Dom Orani citou também
as famílias que sofreram a perda de entes queridos para a violência no trânsito: “Pedimos
a Deus que todos tenham a paz e a esperança da vida que não terminou na morte. Pois
esses irmãos falecidos continuam vivos diante de Deus. Então, compartilhamos a dor
com essas famílias, rezando por seus falecidos e pedimos a Deus para que os atos que
levam a morte destes irmãos vítimas de trânsito desapareçam do nosso convívio. Que
o respeito, a fraternidade, a responsabilidade evitem a morte destes que transitam
nas nossas ruas, avenidas, estradas” pediu. (CM)