EUA: bispos continuam luta pela liberdade religiosa
Washington (RV) - Os bispos dos Estados Unidos, reunidos em assembleia plenária
reafirmaram a sua vontade de continuar a lutar contra as ameaças à liberdade religiosa
no país, nomeadamente contra o decreto da administração de Obama que obriga organizações
católicas, como escolas e hospitais, a fornecer aos seus funcionários seguros de saúde
que incluam serviços contraceptivos e abortivos.
“A única certeza que temos
é que de que não vamos ceder. Não vamos violar as nossas consciências e não vamos
obedecer a algo que consideramos imoral”, afirmou o Cardeal Timothy Dolan, Presidente
Conferência Episcopal dos Estados Unidos, numa coletiva de imprensa.
A medida
de Obama está ligada ao “ObamaCare”, o plano de reforma do sistema de saúde que tem
sido a grande aposta do Presidente americano. A Igreja Católica apoiou o “ObamaCare”
em princípio, mas recusa ter de pagar serviços abortivos ou contraceptivos nas suas
instituições. Há várias empresas privadas, pertencentes a católicos, que também estão
processando o Governo por causa da medida.
“Fizemos uma pausa enquanto esperávamos
pelas eleições, porque os resultados podiam ter mudado o paradigma. Mas não mudou.
Por isso agora os bispos respiraram fundo e decidiram que é preciso voltar ao trabalho
e ver o que vamos fazer”, explicou Dom Dolan. “Diria que nenhuma porta está fechada,
exceto a porta da rendição”, disse ainda o Cardeal.
Da reunião dos bispos
estadunidenses saiu ainda um apelo à prática da confissão e a decisão de apoiar a
causa de canonização de Dorothy Day, uma mulher que se converteu ao Catolicismo depois
de uma vida atribulada, que incluiu um aborto, e que se tornou ativista pela justiça
social trabalhando intensamente pelos pobres e pelos sem-teto. (SP)