Jerusalém (RV) – O patriarca de Moscou e de todas as Rússia Kirill encerrou
ontem sua viagem à Terra Santa afirmando “que a visita terá um efeito benéfico e conseqüências
positivas tanto para a vida espiritual dos russos quanto para os ortodoxos que vivem
na Terra Santa”. O patriarca visitou Israel, os Territórios Palestinos e a Jordânia
desde 9 de novembro.
É a primeira vez que Kirill visitou a Terra Santa desde
que se tornou o Patriarca da Igreja Ortodoxa Russa. O Ministério do Exterior israelense
havia anunciado a visita, definindo-a como a mais importante deste gênero depois daquela
de Bento XVI realizada em 2009.
Segundo referiu a Agência Asianews, a visita
teve singular importância a nível espiritual, pois desde o colpaso da União Soviética
na década de 90, mais de 1,2 milhões de russos migraram para Israel, representando
uma minoria cultural muito influente. Destes, 300 mil são cristãos ortodoxos, que
tem o patriarcado de Moscou como referência.
Com escalas em Belém, Nazaré,
Tiberíades e no rio Jordão, Kirill doou os sinos para Igreja de São João Batista,
em Jaffa. Na ocasião, ele frisou que com a ajuda de governos locais, ele promoverá
as peregrinações russas à Terra Santa, que tiveram um incremento de 600 mil pessoas
anuais desde a abolição da necessidade de vistos para visitar o país.
Durante
sua viagem - chamada de "não-política" pelo porta-voz do patriarcado -, além de autoridades
religiosas da Terra Santa, o patriarca Kirill se reuniu com o Presidente da Autoridade
Nacional Palestina, Abu Mazen, o presidente de Israel, Shimon Peres e com o Rei Abdullah
II da Jordânia. (JE)