Decorreram grandes manifestações na maior parte dos países europeus. Entretanto cresce
o risco de falência para a Grécia. A crise continua a provocar danos e a estender-se
a outros países que não só aqueles que estão a ser intervencionados. Não poupa nenhum
país, nem mesmo a Alemanha, cuja Chanceler acabou de visitar Portugal. Com efeito,
a Alemanha começa a ressentir-se nas suas exportações para os outros países da União
Europeia.
Entretanto o primeiro-ministro francês François Hollande fala de
um momento delicadíssimo para o seu país tendo afirmado ontem que "o desemprego sobe
e a produção desce, estamos num momento crítico". Num momento absolutamente crítico
está a Grécia que, definitivamente, não consegue sair da situação dificilíssima em
que se encontra. Não obstante o Eurogrupo ter já desbloqueado 31,5 mil milhões de
euros para o próximo dia 20 de Novembro, a verdade é que os cofres do Estado estão
absolutamente vazios. Desta forma, o risco de falência poderar estar ao virar da esquina.
Sem uma retoma do investimento a situação na Europa só poderá piorar. E são
estas preplexidades e angústias que estão a mobilizar a Europa. As manifestações que
decorreram em todas as capitais de distrito não foram só organizadas pelos sindicatos
mas também por movimentos de cidadãos como o Movimento 12 de Março, o Movimento Sem
Emprego e o Cidadãos pela Dignidade. Um pouco por toda a Europa assitiimos a numerosas
manifestações que reivindicaram trabalho e solidariedade. A Europa parece dizer basta
à austeridade. (RS)