Delegação ecumênica manifesta solidariedade ao povo grego
Atenas (RV) - Uma delegação do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) e da Conferência
das Igrejas Européias (KEK) irá a Atenas, na Grécia, de 18 a 21 próximos, manifestar
sua solidariedade ao país, afetado pela grave crise econômica.
Segundo o jornal
da Santa Sé, L'Osservatore Romano, o organismo visitará as igrejas do país e se reunirá
com os líderes religiosos. "Essa visita - explicam os promotores da iniciativa – tornou-se
necessária por causa das dificuldades econômicas do país que provocaram um estado
de ansiedade e insegurança na população".
Não obstante as medidas adotadas
pelo Governo grego, a crise econômica provocou um elevado índice de desemprego e o
aumento do custo de vida causado pelo aumento da inflação. Os delegados dos dois organismos
farão essa visita com o objetivo de rezar e expressar sua solidariedade e apoio às
igrejas do país.
A delegação, que será guiada pelo secretário-geral do CMI,
Olav Fykse Tveit, e pelo secretário da KEK, o pastor Guy Liagre, representará algumas
confissões religiosas e organizações ecumênicas européias.
"Fazemos um apelo
a todas as Igrejas membro para que rezem pelo país e que as nossas orações aliviem
o povo grego mergulhado numa crise financeira sem precedentes que afetou seriamente
a vida das comunidades" – disse o Pastor Tveit.
As Igrejas na Grécia enfrentam
o grande desafio que consiste em responder às tragédias pessoais que são uma conseqüência
direta do desemprego e do empobrecimento. "Com esta visita expressaremos a nossa solidariedade
a todas as confissões religiosas" – frisou ainda Tveit.
Os delegados se encontrarão
com Arcebispo de Atenas e toda a Grécia, Dom Hieronymos II, Primaz da Igreja Ortodoxa
autocéfala da Grécia.
"Num momento de profunda recessão econômica, a nossa
fé nos deve dar a força para enfrentar o desemprego, a pobreza, e a ansiedade, não
apenas como indivíduos, mas como uma comunidade com uma memória ética arraigada no
Evangelho. O impacto da crise na Grécia e em outros países europeus terá repercussões
também nos próximos anos" – concluiu o pastor Liagre. (MJ)