Cidade do Vaticano (RV) – A Sala Paulo VI ficou lotada na manhã deste sábado
com 6 mil participantes do Encontro promovido pela Associação Italiana Santa Cecília,
recebidos pelo Papa.
Neste domingo, o coral fará uma execução na Basílica
de São Pedro, na celebração presidida pelo Cardeal-arcipreste Angelo Comastri, oferecendo
serviço de louvor com o seu canto.
Falando aos cantores, o Papa ressaltou
que a música sacra pode favorecer muito a fé e cooperar com a Nova Evangelização.
“A fé nasce sempre da escuta da Palavra de Deus, e não há dúvidas de que a música,
e principalmente o canto, pode conferir à recitação dos salmos e cantos bíblicos uma
maior força comunicativa” – disse.
Bento XVI citou episódios da vida de Santo
Ambrósio e Santo Agostinho, cujas sensibilidades e capacidades musicais serviram à
fé e à evangelização. Os testemunhos destes dois santos ajudam a explicar o fato que
a Constituição Sacrosanctum Concilium, em linha com a tradição da Igreja, ensina que
“o canto sacro, unido às palavras, é parte necessária e integrante da liturgia solene”.
O Papa explicou que o canto coopera para nutrir e expressar a fé e, portanto, à glória
de Deus e à santificação dos fiéis.
Agradecendo pelo precioso serviço que
prestam, Bento XVI completou que a música não é um assessório ou uma “decoração” da
liturgia, mas é a própria liturgia.
Outro aspecto proposto foi a relação entre
o canto sacro e a Nova Evangelização. Ele tem uma tarefa relevante para favorecer
a redescoberta de Deus, uma aproximação à mensagem cristã e aos mistérios da fé: “Quanta
gente foi tocada no profundo de suas almas ao ouvir música sacra; e quantos se sentiram
novamente atraídos por Deus pela beleza da música litúrgica!. Vocês que têm o dom
do canto podem fazer cantar o coração de tanta gente nas celebrações litúrgicas”.
Terminando, o Papa fez votos de que a música litúrgica tenda sempre mais ao
alto, para louvar dignamente o Senhor e mostrar que a Igreja é o lugar onde a beleza
“é de casa”. (CM)