2012-11-08 16:06:14

Cardeal Grocholewski no V Congresso Mundial de Metafísica: "A pesquisa do absoluto e do infinito nunca deve cessar"


Roma (RV) - Foi aberto nesta quinta-feira em Roma o V Congresso Mundial de Metafísica, organizado pela Fundação de Estudos e Pesquisas Idente. Durante dois dias cerca de 150 participantes de 29 países debaterão questões da metafísica e suas relações com outras ciências, nos diversos âmbitos da cultura.

No discurso de abertura, o Prefeito da Congregação para a Educação Católica e Presidente Honorário do Congresso, Cardeal Zenon Grocholewski, enviou os cumprimentos do Papa Bento XVI aos participantes, destacando a importância que Bento XVI dá à metafísica, “assim como ao diálogo estimulante, vivo e fecundo entre estudiosos e pesquisadores”.

”O campo da metafísica - continuou o cardeal - "nos dá provas de que um grande interesse pelo absoluto, pelo infinito, pelo fundamento último da nossa existência e do nosso pensar não desapareceu da cultura humana considerada em sua universalidade. Na verdade, não haveria nenhuma filosofia ou religião, nem os grandes ideais que transformam a história sem a perquisa metafísica. “Tentar responder às grandes questões humanas - acrescentou - é certamente uma tarefa que os filósofos nunca deveriam desistir, porque não podem fechar-se em nenhuma torre de marfim fora do mundo e dos progressos que se realizam nas diferentes áreas do conhecimento humano."

Falando sobre a realidade atual, destacou que “infelizmente se evita fazer estes questionamentos e se procura limitar o uso da razão somente para o que pode ser experimentado, e se esquece que cada ciência deve sempre salvaguardar o homem e promover a sua aspiração por um bem autêntica. Superestimar o “fazer” ocultando o '"ser" – adverte - não ajuda a reconstruir o equilíbrio fundamental, de que todo mundo precisa dar a sua vida uma base sólida e um bom propósito ", lembrando discurso proferido por Bento XVI em 21 de outubro de 2006 na Pontifícia Universidade Lateranense.

Por sua vez, o Presidente do Congresso, professor Jesús Hernández Fernández, disse que "já a algum tempo, o mundo intelectual não vê com bons olhos a metafísica, e isso é preocupante". Em uma época em que reina o relativismo e o pragmatismo - acrescentou – a metafísica morreu na sensibilidade histórica do pensamento que a ignora totalmente."

Padre Fernández Hernández destacou em seguida as deficiências dos resultados da metafísica, afirmando que "não é menos verdade o fiasco retumbante de um cientificismo que havia sido criado há décadas como a panacéia explicativa e compreensiva da realidade. As deficiências humanas ainda existem: a injustiça, a pobreza, a marginalização, a violência, a doença, a solidão, a insegurança e, finalmente, a morte inexorável ".

"A única metafísica possível - concluiu - é aquela do amor absoluto que pode nos dar uma visão cada vez mais formada, que pode dar um sentido, uma unidade ao nosso ser e ao nosso agir." (JE)








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