Santa Sé e Croácia - 20 anos de relações diplomáticas
"Desejo à Croácia que se realize com rapidez, tal como está nos programas, a aspiração
da plena integração europeia". Estas as palavras com que o Arcebispo D. Dominique
Mamberti, Secretário (do Vaticano) para as Relações com os Estados, concluiu segunda-feira,
29 de outubro, a sua intervenção na conferência celebrativa do 20º aniversário das
relações diplomáticas entre a Santa Sé e a Croácia, depois de, na parte da manhã,
o Santo Padre ter recebido em audiência o primeiro ministro croata (foto). Foi
em 1992, ano da grande mudança na história recente da Croácia: o regime comunista
cai, o croatas são dos primeiros a proclamar a independência de Belgrado acelerando,
assim, o processo de dissolução da Jugoslávia. A Santa Sé está entre os primeiros
as reconhecer a nova soberania e logo dois anos depois João Paulo II visita o novo
Estado, quando ao longe ainda se ouvia o ribombar da artilharia em Sarajevo. Portanto,
mesmo contando 1300 anos de vizinhança e de relações intensas entre a Santa Sé e o
povo croata, não há dúvida - afirmou D. Dominique Mamberti - "que os últimos vinte
anos foram dos mais difíceis e ao mesmo tempo cruciais para o seu futuro". Quando
em Junho passado Bento XVI visitou Zagreb afirmou: "Desde as origens que a vossa nação
pertence à Europa e oferece o seu contributo de valores espirituais e morais que
plasmaram por séculos a vida quotidiana e a identidade pessoal e nacional dos seus
filhos". Hoje, os desafios continuam e os croatas do século XXI - diz ainda Mons.
Mamberti - deverão interrogar-se acerca dos valores sobre os quais pretendem construir
a vida de uma inteira nação. Sendo assim, no centro das relações entre a Santa
Sé e a Croácia estarão sempre o empenho pelo bem comum e a promoção dos valores espirituais
e morais. No final da sua intervenção o Mons. Mamberti terminou desejando à Croácia
que a partir do momento em que seja realizada a sua aspiração de integração na União
Europeia, o país reforce a sua identidade e, assim, seja fermento de bem para os outros
países."