2012-11-01 10:50:06

A Capela Sistina narra uma história de luz, de libertação, de salvação: Papa ali celebrando Vésperas nos 500 anos dos frescos de Miguel Ângelo


RealAudioMP3 Bento XVI elogiou nesta quarta-feira a “sinfonia de figuras” da "genial" Capela Sistina, do Vaticano, ao assinalar os 500 anos da inauguração dos frescos da abóbada pintada por Miguel Ângelo entre 1508 e 1512. Na homilia das I vésperas de Todos os Santos, na Capela Sistina, o Papa fez notar que este espaço é “ainda mais belo, mais autêntico, revela-se em toda a sua beleza”, quando é “contemplado em oração”.
Evocando o impacto e surpresa vividos pelos que participavam, a 31 de outubro de 1512, na celebração de Vésperas sob aquele esplendor de imagens e de cores que se apresentava aos olhos de todos, Bento XVI observou que “não se trata apenas do sapiente uso da cor, rico de contrastes, ou do movimento que anima a obra-prima de Miguel Ângelo, mas sim da ideia que atravessa toda aquela grande abóbada: “É a luz de Deus que ilumina estes frescos e toda a Capela papal. Aquela luz que com a sua potência vence o caos e a obscuridade para dar vida: na criação e na redenção. E a Capela Sistina narra esta história de luz, de libertação, de salvação, fala da relação de Deus com a humanidade”.
Perante estes frescos – observou ainda o Papa – “o olhar é levado a percorrer de novo a mensagem dos Profetas, a que se juntam as Sibilas pagãs na expectativa de Cristo, até ao princípio de tudo: “No princípio criou Deus o céu e a terra”. “Com uma intensidade expressiva única, o grande artista desenha o Deus Criador, a sua ação, o seu poder, para dizer de forma evidente que o mundo não é produto da escuridão, do acaso, do absurdo, mas deriva de uma Inteligência, de uma Liberdade, de um supremo ato de Amor”.
Referindo-se concretamente à famosa imagem central da criação do homem, o Papa observou que “naquele encontro entre o dedo de Deus e o do homem, nós advertimos o contacto entre o céu e a terra”. ”Em Adão, Deus entra numa relação nova com a sua criação, o homem está em relação direta com Ele, está chamado por Ele, é a imagem e semelhança de Deus

Recordamos que a Capela Sistina começou a ser decorada já no século XV, nas paredes laterais, com frescos representando histórias de Moisés e de Cristo, além dos retratos dos Papas, trabalho executado por alguns dos maiores pintores do Renascimento italiano, como Pietro Perugino, Sandro Botticelli, Domenico Ghirlandaio e Cosimo Rosselli.








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