2012-10-30 10:29:00

O heroísmo da Igreja ao lado dos mais esquecidos. Ouça


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Cidade do Vaticano (RV) - O Presidente da Comissão Episcopal para Amazônia, Cardeal
Cláudio Hummes, realizou nestes últimos meses uma série de visitas a dioceses e prelazias nos municípios de Castanhal, Abaetetuba e a região marajoara, no Pará. Em seu itinerário amazônico, Dom Cláudio revela ter constatado o ‘heroísmo da Igreja’, daqueles homens e mulheres que trabalham junto aos brasileiros mais esquecidos. Nesta entrevista, ele também traz o testemunho comovente do seu encontro com um sacerdote local.

É um momento sempre muito bom, muito importante encontrar o bispo isolado, lá no meio da floresta... estes dias estive em Tabatinga, na fronteira com a Colômbia, em Tefé, em Benjamin Constant, Atalaia do Norte, em toda aquela região, visitando os bispos, as comunidades, e ouvindo, sobretudo. E aí, a gente acaba descobrindo como na verdade ali, em primeiro lugar, há um grande heroísmo da Igreja: a Igreja ali é heróica, é pobre, é apaixonada, como todos devemos ser; levar Jesus Cristo aos mais pobres. Há muita pobreza, muita desassistência do poder público. É realmente triste como estes brasileiros, e os indígenas, estão tão desassistidos nas questões de saúde, de educação... enfim, falta assistência, falta presença do poder público, falta tudo. Dinheiro existe, só que é desviado, não chega... estas coisas todas. Então realmente a gente precisa ir lá, tentar animar, estimular e mostrar todo o apreço que a CNBB tem por esta Igrejas, por estes bispos, por estes missionários e missionárias”.

“Eu encontrei, por exemplo, missionários padres que estão ali anos e anos, envelhecidos e doentes. Um deles veio conversar comigo, um homem idoso, doente, e me disse, chorando.. “Dom Claudio, eu preciso de um substituto, eu não aguento mais, não consigo mais levar em frente a paróquia”. A gente fica impactado ao ver um homem chorando de verdade... Estas situações são muito fortes. Nós as levamos à CNBB em relatórios, assembléias, e está havendo uma grande e boa resposta da CNBB quanto a isso”.
(CM)









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