2012-10-25 12:08:16

“Kappa”, um monstro do Japão


RealAudioMP3 Tóquio (RV) - Saúdo fraternalmente a todos os ouvintes do Programa Brasileiro.

Em todas as culturas, os seres humanos tentaram e tentam encontrar explicações e causas para certos fenômenos naturais ou fora do alcance de seu conhecimento. Por isso, lendas, mitos e histórias sobre seres estranhos e monstros enriquecem o folclore de todas as culturas.

Kappa é o monstro extremamente popular e conhecido no Japão. É descrito como uma criatura do tamanho de uma criança, com a pele escamosa com a cor variando entre a vermelha, azul, acinzentada, amarela e azul-escuro .Seus pés e mãos são geralmente providos de três dedos ligados por membranas , facilitando os movimentos na água. Uma espécie de “pires” com água fica sobre a cabeça, a parte mais delicada de seu corpo. Quando a água seca, o Kappa morre.

Acredita-se que ele vive em todos os lagos, rios, pântanos e mares do país, saindo para terra firme somente para capturar alguma presa. São espíritos com dois lados: um maléfico e outro benéfico. Pelo lado maléfico, tradicionalmente, os contos populares retratam os Kappas como mal intencionados, ávidos por sugar o sangue e comer o fígado de suas vítimas. Um detalhe estranho, diz-se também que os Kappas gostam de arrancar as nádegas das pessoas.

Para acalmar um Kappa irritado é aconselhável fazer diversas inclinações às quais ele se sente obrigado a retribuir. Inclinando a cabeça, a água contida naquela espécie de pires de que falamos anteriormente, se derrama e ele deve voltar para a água para não morrer. Outro método para apaziguá-lo é dar-lhe sua comida predileta, pepinos. Escrevendo o nome da pessoa na casca dos pepinos, os Kappas comerão e não lhe farão mal, como sinal de apreço.

Nem tudo é ruim nos Kappas. Gostam do sumô, ajudam os agricultores nas plantações de arroz, arrancando os matinhos que crescem na imediações. Em alguns casos tornam-se protetores das famílias, zelam por elas provendo-as com peixes frescos.

Independentemente das crenças, lendas e superstições, o bom tratamento é sempre bem-vindo com os seres da natureza bem como com os humanos.

Missionário P. Olmes Milani CS
Do Japão para a Rádio Vaticano







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