2012-10-25 18:45:31

Igreja na Guatemala: Não é com a repressão que se resolvem os problemas


Cidade da Guatemala (RV) - O Bispo de San Marcos, na Guatemala, Dom Álvaro Leonel Ramazzini Imeri, pediu publicamente ao Governo para responder às exigências da população de Totonicapán, através do diálogo e não da repressão.

No último dia 4, os indígenas de 48 cantões de Totonicapán bloquearam em cinco pontos as rodovias que ligam a capital desse departamento, para protestar contra o alto preço da energia elétrica e a proposta de reforma constitucional apresentada pelo Executivo. O Exército chegou ao local da manifestação, denominado Alaska, para desbloquear as estradas e abriu fogo contra o povo por razões ainda desconhecidas.

Nesse confronto morreram seis indígenas e vários manifestantes ficaram feridos. No último dia 15, a ONU pediu ao Governo da Guatemala para esclarecer a situação e estabelecer um diálogo com os indígenas.

A nota enviada à Agência Fides informa que Dom Álvaro Ramazzini falou a milhares de indígenas que participaram na última terça-feira, 23, da marcha pacífica de 7 km realizada sem bloquear as ruas. A manifestação terminou na Praça São Miguel, em Totonicapán, onde o Bispo guiou a oração pelos mortos nos confrontos de Alaska e concluiu seu discurso com uma reflexão pública dirigida ao Governo.

Em relação à lei sobre o desenvolvimento rural, que não é levada em consideração, Dom Ramazzini disse: "É um duro golpe aos agricultores. É como pressionar mais ainda a ferida e o sofrimento dos irmãos agricultores. É preciso mudar de mentalidade e realmente se tornar representantes dos interesses do povo guatemalteco".

Falando sobre a questão de mineração o prelado concluiu: "O ministro de Minas e Energia propôs uma reforma sem levar em conta que somos contrários a um modelo de desenvolvimento baseado no setor de mineração." (MJ)

















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