Cidade do Panamá (RV) - A Igreja no Panamá pede paz e diálogo após a morte
de uma criança nos confrontos em Colón.
Segundo informações enviadas à Agência
Fides, o Governo do Panamá considerou a possibilidade de iniciar um diálogo sobre
a venda de terrenos na Zona Libre de Colón (ZLC), segunda maior zona franca do mundo,
depois dos confrontos da última sexta-feira que provocaram a morte de uma criança,
cerca de vinte feridos e várias prisões.
A violência estourou em Colón, situada
a 80 quilômetros ao norte de Cidade do Panamá, no mesmo dia em que o presidente panamenho,
Ricardo Martinelli, aprovou uma lei que permite a venda de terrenos na Zona Libre
de Colón (ZLC). Grupos institucionais do país e da Igreja Católica se declararam contrários
à venda.
O Bispo de Colón-Kuna Yala, Dom Audilio Aguilar Aguilar, expressou-se
publicamente contra a violência e a venda de terrenos na Zona Libre de Colón, e convidou
ao diálogo e paz. O Ministro da Presidência, Roberto Henriquez, anunciou que se encontrará
com Dom Aguilar para iniciar um processo de diálogo com os líderes de grupos manifestantes
de Colón.
Infelizmente, a iniciativa do Governo não aumenta a confiança. Por
isso, a Câmara de Comércio anunciou, para esta segunda-feira, uma greve geral contra
a lei. A "Frente Amplio de Colón", conjunto de sindicatos e organizações civis, anunciou
que se unirá à greve e ameaçou bloquear todas as estradas de acesso à cidade portuária
no confim com a entrada ao Canal do Panamá. (MJ)