2012-10-22 12:03:42

Líbano: tensão aumenta depois do atentado. Patriarca fala de crime contra a paz


Cidade do Vaticano (RV) - Parte da multidão que compareceu ao funeral do ex-chefe de inteligência do Líbano neste domingo, em Beirute, entrou em choque com a polícia, em meio à crescente tensão no país.

O velório de Wissam al-Hassan, morto num atentado na sexta-feira, causou indignação entre diversos libaneses, que culpam o regime da Síria pelo ataque.

Milhares de pessoas foram às ruas de Beirute para o funeral. Alguns compareceram ao funeral carregando bandeiras libanesas e faixas contra o presidente sírio, Bashar al-Assad. Neste domingo, os manifestantes tentaram invadir a sede do governo libanês. A polícia disparou gás lacrimogêneo para conter a multidão.

Enquanto isso, o Patriarca de Antioquia dos Maronitas, Bechara Boutros Rai, condenou a explosão.

Segundo o líder da Igreja maronita – contatado pela Agência Fides em Roma, onde se encontra para participar da Assembleia do Sínodo dos Bispos – “este atentado brutal, contra um alto responsável pela segurança interna, demonstra quanto as mãos do Mal sejam criminosas e que os responsáveis pelo atentado não temem nem Deus nem o juízo da História.

"O Líbano – prossegue o Patriarca Rai – ainda estava impressionado com a visita de Bento XVI e o atentado é um crime contra paz e os efeitos positivos da visita do Papa."

Diante dos desígnios de morte que de novo atentam contra a pacífica convivência do Líbano, o Patriarca Rai convida todos os seus conterrâneos a unirem-se e a trabalharem juntos por um futuro de paz: "Nos entristece e nos faz mal – declara sua Beatitude a Fides – a perda de vidas humanas e os prejuízos materiais. Mas a nossa fé e a nossa esperança, e a de todos os libaneses, não cedem. O Líbano, ferido na sua dignidade, permanece a terra dos Santos e o Oásis de paz e de esperança".

(BF)







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