"Firme condenação" do atentado de Beirute. As condolências do Papa e uma Declaração
de P.Lombardi
Unânime a condenação internacional do atentado desta sexta-feira, no bairro cristão
de Beirute, que provocou oito mortos e quase uma centena de feridos. Num telegrama
enviado pelo cardeal Bertone, Secretário de Estado, ao Patriarca maronita, Bento XVI
“associa-se pela oração à dor das famílias em luto e à tristeza de todos os libaneses”.
Como tinha feito por ocasião da sua recente viagem apostólica ao Líbano, “o Santo
Padre condena uma vez mais a violência que gera tantos sofrimentos e pede a Deus que
conceda ao Líbano e a toda a Região o dom da paz e da reconciliação”.
O diretor
da Sala de Imprensa da Santa Sé, P. Federico Lombardi, publicou já ontem à tarde uma
declaração:
“O atentado ocorrido em Beirute merece a mais firme condenação
pela absurda violência homicida que manifesta e porque é contrário aos esforços e
ao empenho para conservar uma convivência pacífica no Líbano. Ora o Líbano, como repetidamente
tem recordado Bento XVI, está chamado a ser uma mensagem de paz e de esperança para
os que ali habitam e para toda aquela Região. Participando com compaixão no sofrimento
pelos mortos e pelas tantas pessoas feridas, faz-se votos de que este horrível facto
não seja ocasião para uma ulterior difusão da violência.”
Como observam
os comentadores, o atentado visava o general Wissam al-Hasan, responsável pelos serviços
secretos libaneses, figura próxima do ex-primeiro ministro Saad Hariri, e hostil ao
regime de Damasco. Um assassínio político, pois. Uma prática consolidada na tradição
libanesa, frequentemente relacionada com a controversa ligação do país com a Síria. “Violência
inaceitável” – esta a condenação proveniente da ONU, dos Estados Unidos e da União
Europeia. Muitos os convites a preservar a unidade nacional do Líbano. Suscita viva
inquietação no Líbano o espetro da guerra civil.